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Autarquia

Prefeitos manifestam preocupação com privatização da Corsan

Divulgação/Corsan imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Maioria dos municípios da região são atendidos pela autarquia

Prefeitos de três municípios demonstram preocupação com o projeto de privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), proposto pelo governo de Eduardo Leite. A maioria dos municípios da Campanha são atendidos pela autarquia. A reportagem ouviu os gestores sobre a proposta de desestatização da Corsan.

O prefeito de Pedras Altas, Luiz Alberto Soares Perdomo (Bebeto), do PP, disse que observa com muita preocupação a possibilidade de privatização da autarquia que abastece o município. "Não sabemos como vai funcionar. Nós, aqui em Pedras Altas, somos bem atendidos pela companhia, mas também sabemos que ela é deficitária", acentuou.

O prefeito contou que o município tem um total de 2,2 mil habitantes e que 1,5 mil mora na zona rural. "Então a Corsan fatura pouco aqui", falou.

A preocupação maior de Bebeto é pelo fato de sua administração ter conseguido R$ 3,2 milhões para obras do saneamento, e ele não sabe como vai ficar essa obra. O gestor aguarda uma reunião na próxima semana, onde o governo do Estado vai apresentar aos prefeitos o modelo de privatização.

O prefeito de Lavras do Sul, Sávio Prestes (PDT), enfatizou que a Corsan é uma estatal, mas é mista. Segundo ele, a autarquia tem contrato de 20 anos com mais de 300 municípios gaúcho. A empresa é responsável por fornecer água tratada e pelo saneamento. "Aqui em Lavras estamos fazendo uma licitação para montar a validação do plano de saneamento e depois partir para o plano diretor", contou.

O prefeito comentou que participou de uma reunião na Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Farmus), onde estavam presentes o presidente da Corsan, André Barbuti, e o chefe da Casa Civil, Artur Lemos. O gestor falou que a proposta do governo é vender parte da estatal. "Se os prefeitos decidirem não assinar o termo de aditamento e continuarem com os serviços exatamente como estão sendo feitos pela empresa, podem romper a qualquer tempo", pontuou.

A Corsan presta serviço em Lavras do Sul há 40 anos. "Não vejo que seria um baque muito grande para o município a privatização da empresa", afirmou o prefeito.

O prefeito de Aceguá, Marcus Vinicius Godoy de Aguiar (Peti), do PSDB, salientou que hoje o município não tem condições de criar uma autarquia como o Departamento de Água, Arroios e Esgotos de Bagé (Daeb), e que está preocupado com a privatização da Corsan. "Não sabemos se a empresa que adquirir vai seguir com os projetos que estão sendo realizados pela Corsan", observou.

O prefeito disse que, hoje, o maior problema é que Aceguá é atendido pelo plantão da Corsan com sede em Dom Pedrito e classificou isso como um absurdo. "Já tivemos uma Corsan bem melhor comparado com que temos hoje", manifestou.

Além disso, o gestor falou que a preocupação também é que a cidade está com 80% do saneamento já concluído, e não sabe se a nova empresa vai seguir fazendo a obra.

 

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