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Crise

Pandemia encolhe estrutura e gera desemprego em restaurantes

Luciano Madeira imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Magrão passou a oferecer prato feito durante a semana

Um dos setores mais afetados pela pandemia são os restaurantes. O impacto é visível em ampla maioria dos estabelecimentos de Bagé. Vários deles diminuíram sobremaneira a oferta de variedades no buffet e alguns, antes pujantes, agora oferecem apenas o chamado prato feito. Alguns tiveram queda na qualidade dos produtos oferecidos. A reportagem conversou com alguns empresários do ramo, sobre a crise gerada pela pandemia.

A empresária Viviane Alves Mendes de Azambuja que tem restaurante há 17 anos, disse que o movimento diminuiu bastante em função da pandemia. Segundo ela, as pessoas acham que o restaurante é um local de aglomeração. A empresária contou que nos meses de janeiro é fevereiro, o movimento diminui muito porque é período de férias e por consequência as pessoas viajam. "Nossa expectativa é que com o retorno das aulas o movimento volte", falou.

Luís Mário Vidart (Magrão) que tem churrascaria há 30 anos, comentou que, a pandemia afetou o estabelecimento comercial em 95%. " O nosso movimento caiu e muito porque as pessoas ainda tem medo de saírem de casa , e agora com a Ômicron foi pior, nós aqui sempre tivemos um bom movimento e agora com a pandemia o é quase zero", lamentou.

Magrão contou que, tinha aqui seis funcionários e teve que dispensar cinco . Ficou apenas o que tem 30 anos de casa.

O restaurante que se notabilizou na cidade e no interior pelo churrasco, agora só serve prato feito. Nos finais de semana, de forma reduzida é montado um buffet com churrasco.

Funcionários demitidos

Vidart lembrou que o maior problema ocasionado pela pandemia é desemprego. "Isso faz com que o dinheiro não gire", pontuou.

 Aldenir Fonseca Rodrigues que trabalha há 35 anos como garçon, falou que nunca viu um movimento tão fraco como no momento atual. Ele recordou que no início da pandemia, quando os restaurantes tiveram que fechar as portas, o local onde ele trabalha realizou apenas tele-entrega. " Nosso movimento caiu 80% mas estamos começando a engatinhar para tentarmos recuperar o movimento anterior", acentuou.

O empresário Marcos Cavalheiro (Marquinhos) comentou que, o movimento no restaurante está instável. Ele acredita que a falta de dinheiro e a própria pandemia faz com que as pessoas não saiam para almoçar fora. Cavalheiro argumentou que, o restaurante sobrevive da presença de seus clientes. "Esse sistema de dellivery não é suficiente, hoje as pessoas gastam o dinheiro todo no supermercado", observou.

O empresário comentou que chegou a ter 16 funcionários e que depois com a pandemia, hoje tem quatro. "Ainda não sei como fazer mas preciso reencontrar uma maneira de nos reinventar", disse.


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