O primeiro turno das Eleições 2022 foi de bastante tranquilidade nas primeiras horas de domingo, com maior movimentação em algumas seções a partir das 11h, como na Fundação Bradesco, maior colégio eleitoral da cidade, com 4 734 votantes. 

Todo o dia é dia

Dezenas de bageenses aproveitaram o domingo de sol para a já tradicional troca de figurinhas do álbum da Copa do Mundo. Essa mobilização ocorre diariamente na praça de Esportes, ponto de encontro dos colecionadores - ao lado da banca de revistas de Romualdo da Silva e em frente a Leb Livraria e Cafeteria. Enquanto isso, na Sete de Setembro, era grande o fluxo de veículos - nos dois sentidos -, com ocupantes que carregavam bandeiras do Brasil, de partidos e candidatos. 

Bandeiras à venda

Na onda da Copa do mundo e das torcidas também nas Eleições, a vendedora ambulante Isabel Ferreira apostou nas bandeiras para atrair os consumidores. Ela relatou que as vendas antes da Eleição, na Praça da Estação, estavam boas. No dia do pleito, porém, "foram muito fracas", segundo ela. Cada bandeira era vendida por R$ 100.

No chão 

Meia hora antes do fim da Eleição, a seção 128 do Centro Social Urbano, na zona Leste, estava completamente vazia, mas havia movimento nas demais. Na escola Frei Plácido, bastante eleitores estavam nas filas minutos antes do fim da votação. Nas proximidades, a eleitora Áurea Gonçalves dos Santos estava procurando no chão um "santinho" com o número do candidato a governador que ela escolheu.

Primeiro voto

Guilherme Gonçalves, de 18 anos, votou pela primeira vez no maior colégio eleitoral do município, a Fundação Bradesco. Questionado se estava ansioso, garantiu que "mais ou menos", ao acrescentar, porém, que é interessante poder exercer o direito à democracia, como definiu. O estudante afirmou que não julgou tão difícil a escolha dos candidatos, que apenas teve dúvida na hora de definir um deputado federal. Ele revelou que levou em consideração propostas e posicionamentos políticos e que se informou mais, durante o processo eleitoral, pela internet, como a maioria dos jovens. 

Mãe e filho

Maria Tereza Brignol, aos 70 anos, foi votar ao lado do filho Nelson Brignol, de 45. A motivação dela é ver se, assim, vai melhorar um pouco o Brasil. "Que tá brabo", como definiu, sobretudo na área da saúde. Brignol comentou que sempre pretende exercer seu direito, ainda que nenhum candidato de fato o represente. O desejo dele é que algum (dos eleitos) "olhe para ela (sua mãe), para mim, para ti, para todo mundo e não só para o próprio umbigo". 

Passe livre

No domingo de Eleições, os bageenses puderam se deslocar até seus locais de votação de forma gratuita pela primeira vez. Isso porque ficou determinado que o dia seria de passe livre no transporte coletivo. Ou seja, não foi preciso pagar nada para andar de ônibus. O passe livre foi válido das 7h às 22h. A média se repete no dia 30, no segundo turno das Eleições, quando os bageenses vão às urnas para votar para presidente e governador. 

Os dias, vale mencionar, serão custeados pelo Fundo Municipal de Transporte. Os horários praticados foram os da tabela de domingos e feriados, com reforços nas linhas Passo das Pedras, Stand e União. Representantes da empresa Anversa lembraram que a maioria da população vota em locais próximos a residência, por isso o horário de domingo foi mantido. 

A eleitora Tania Peres, de 58 anos, comemorou a medida no dia da Eleição. Ela vota no Centro Social Urbano e precisou se deslocar até a Zona Leste pela linha Pedra Branca. "Facilitou muito. Foi maravilhosa essa ideia", definiu, ao lembrar que, para ida e vinda, quase R$ 10 são necessários. 

O ipê, o frei e os "santinhos"

Próximo ao Colégio Bradesco e ao intenso movimento de eleitores (inclusive, no local, a reportagem verificou que os ânimos estavam bastante exaltados), um Ipê no seu auge, graças a primavera. Há quem reclame das folhas da árvore, que formam um tapete colorido ao caírem ao chão - dizem que fazem sujeira -, mas há aqueles que apenas contemplam a natureza. A reportagem do Folha flagrou o Frei Juan Miguel Gutierrez Mendes, que fotografou o cenário. Infelizmente, no tapete colorido, não havia apenas as folhas da árvore, mas os "santinhos" - essa sim uma sujeira totalmente dispensável em pleno 2022.