No início de cada mês, sempre há uma movimentação expressiva no comércio bageense. Neste início de outubro, porém, as vitrines das lojas destacam a proximidade do Dia das Crianças: o objetivo é mesmo atrair os consumidores a garantirem os presentes antes do dia 12 de outubro. Mas, afinal, a situação decorrente da chuva de granizo (as "pedras gigantes" causaram bastante prejuízo em toda a cidade) deve impactar negativamente nas vendas? A pergunta é pertinente porque muitos bageenses precisam arrumar seus telhados e até mesmo comprar móveis e alimentos que perderam no final do mês de setembro.

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista, o Sindilojas, Nerildo Lacerda, muitas pessoas estão sim "receosas para as compras". Ainda assim, há uma boa expectativa. Aliás, segundo ele, 50% dos comerciantes apontam que as expectativas são ótimas, enquanto 40% definem que são boas. "Tendo em vista o que aconteceu na nossa cidade, muitas pessoas estão receosas para as compras e o movimento ainda está calmo", ponderou. "Acreditam (os lojistas) que a maioria (dos consumidores) deixará para comprar no último dia que antecede o feriado", completou.

A reportagem também entrou em contato com a Associação Comercial e Industrial de Bagé, a Aciba, sobre o tema, porém, até o fechamento da edição desta quarta-feira, por volta das 18h, não obteve retorno sobre a expectativa para o Dia das Crianças. Vale destacar que a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul afirmou que o cenário é de otimismo e a projeção é de crescimento, que pode chegar a 9% na comparação com o mesmo período de 2022, o que deve injetar na economia do Estado cerca de R$ 900 milhões.