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Mês vocacional: o jovem que se encantou pelo hábito franciscano

Reprodução/Internet imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - "Fiquei apaixonado pela vida de Francisco"

Com o tema: "Cristo nos salva e nos envia" e o lema "Quem escuta a minha palavra possui a vida eterna" (cf. Jo 5,24), a Igreja Católica celebra, em agosto, o Mês Vocacional, que é um tempo dedicado à oração, reflexão e ação nas comunidades com foco nas vocações. O tema deste ano vem da Exortação Apostólica Pós-Sinodal, Christus Vivit (Cristo vive), do papa Francisco.

Cada domingo do mês é dedicado à celebração de uma vocação específica - sacerdócio e os ministérios ordenados; família; vida consagrada, e a vocação dos cristãos leigos e leigas - aqueles que dedicam suas vidas para os serviços pastorais e missionários.

A primeira semana de agosto é dedicada aos ministérios ordenados - as vocações dos diáconos, padres e bispos.

O Mês Vocacional foi instituído em 1981, durante a 19ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O objetivo era conscientizar as comunidades da responsabilidade no processo vocacional.

Um apaixonado por Francisco

Tudo começou aos 19 anos - uma idade considerada como vocação adulta. O que encantou o jovem Juan Miguel Gutiérrez Mendéz, de Santiago de los Caballeros, na República Dominicana, foi o hábito marrom de São Francisco de Assis. Ele ficou encantado quando freis capuchinhos chegaram no local vestidos com o hábito. Os freis mostraram o filme que é um clássico da vida de São Francisco, "Irmão Sol e Irmã Lua". "Fiquei apaixonado pela vida de Francisco", recorda o frei que anda sempre de hábito e que hoje administra as paróquias Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora Auxiliadora.

Dali o jovem seguiu direto para a formação religiosa. Com cinco irmãos, teve o apoio do pai, pois a mãe não queria nem saber que o filho se tornasse padre. Ela só foi se render mais tarde e hoje é uma das maiores apoiadoras do frei.

Hoje com 38 anos, Mendéz fala com entusiasmo sobre a vida religiosa. Ele sabe se comunicar, sobretudo com o público jovem, e sabe usar como ferramenta as redes sociais.

Depois da formação inicial, o frei fez o noviciado em Marau, no Rio Grande do Sul, e retornou ao seu país de origem, onde fez Filosofia. Com saudades dos gaúchos, retornou e fez Teologia em Porto Alegre. Em 2015 foi ordenado diácono na Paróquia São Judas Tadeu na capital gaúcha. Com 31 brasileiros o acompanhando, voltou à República Dominicana, onde foi ordenado padre. Lá trabalhou com a Juventude Franciscana (Jufra) e a Ordem Secular Franciscana. Também fez especialização em Planejamento e Gestor de Educação.

Foi em Bagé que assumiu pela primeira vez como pároco. Além disso, ele é o guardião dos quatro freis em que moram na comunidade.

Vocação e desafios

O frei conta que a oração é o sustentáculo da vida religiosa, que, segundo ele, tem que se alimentar da palavra de Deus e da Eucarística. Além disso, aponta como vital os laços de fraternidade entre os coirmãos frades. "Sem a fraternidade a vocação enfraquece", pontua.

Sobre a diminuição das vocações, a vida religiosa e sacerdotal, frei Juan Miguel lembra que os tempos são outros - com o crescimento da tecnologia, tem a questão econômica e muitos outros atrativos. Ele menciona como um dos grandes motivadores para essa redução o fato de que antes as famílias eram bem maiores em número de filhos, com 15 ou 20 filhos, e um deles ia para o seminário, e que hoje são dois ou no máximo três. "Esse é um dado muito importante", frisa.

Incentivo ao jovem

O frei informa que está acontecendo a semana de oração em família - onde é solicitado que rezem pelas vocações. O religioso diz aos jovens que é importante fazer um discernimento vocacional e que vale a pena dedicar a vida para Jesus Cristo.

Ele conta que os freis tem o calendário antoniano, que tem como objetivo fomentar a formação de novos religiosos e sacerdotes. A Associação Antoniana motiva e reúne milhares de associados, zeladores e auxiliares que apoiam a formação de novas vocações. Quem é sócio recebe 2 400 missas celebradas a cada mês em suas intenções, nas diversas Casas de Formação dos Freis Capuchinhos do Rio Grande do Sul e de sua missão em Rondônia, Mato Grosso, e Haiti. Quem quiser se associar pode procurar as paróquias da Conceição e Auxiliadora. As intenções do ano são levadas para a Basílica de Santo Antônio.

 

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