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Dengue

Maioria de focos de Aedes está em três bairros

Divulgação FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Trabalho é intenso no combate ao Aedes Aegypti

Em 48 horas, a capital do Estado registrou um aumento de 90% nos casos de dengue. São quase 200 pessoas com confirmação para a doença - a maioria das infecções são autóctones, ou seja, originárias do próprio território. Bagé é considerada uma cidade infestada pelo mosquito transmissor da dengue, o Aedes Aegypti. E esse aumento de casos há pouco mais de 370 quilômetros acende um alerta. O coordenador da Vigilância em Saúde, Geraldo Gomes, garantiu que o monitoramento não para. Há pontos críticos, comunidades onde são encontrados mais focos do mosquito, que são os bairros Getúlio Vargas, São Judas, além da região central da cidade.

O monitoramento dos pontos estratégicos também é constante. Trata-se de cemitérios, sucatas e etc. Isso de 15 e 15 dias. O Levantamento de Índice Rápido, que é a verificação de um percentual de imóveis da cidade, ocorre a cada quatro meses. No último, foi verificado que havia focos do mosquito em 70% de um total de 10 mil imóveis de todos os bairros da cidade. Gomes esclareceu que todos estes focos foram eliminados. E é o que tem ocorrido também no porta a porta.

Antes, disse ele, os agentes recolhiam material nas residências para verificar se havia larvas do mosquito. Porém, como o município passou a ser considerado infestado, o trabalho agora é de conscientização e eliminação dos criatórios. Quando não é possível ingressar no imóvel onde visivelmente há criatórios, a Vigilância notifica o proprietário. Atualmente, 25 agentes de combate a endemias estão mobilizados no trabalho contra a dengue. Gomes admitiu que, para o tamanho da cidade e o total de imóveis, seriam necessários 60. Mas há expectativa por um concurso para reforçar tal equipe.

Dez minutos contra a dengue

Há uma campanha que sempre é mencionada pelo coordenador da Vigilância em Saúde: 10 minutos contra a dengue. A dica é que os bageenses dediquem tal tempo, por semana, para verificarem seus pátios e eliminarem prováveis criatórios. A ideia é acabar com o ciclo do mosquito. Gomes lembrou que o ciclo do Aedes Aegypti dura de sete a 10 dias. Por isso, o pedido para que haja tal revisão pelo menos uma vez por semana.

Gomes já havia enfatizado à reportagem que isso deve ser uma prática sobretudo após a ocorrência de chuva, sucedida de dias ensolarados e quentes - condição extremamente propícia para a proliferação dos mosquitos. Vale lembrar que até mesmo uma tampinha de garrafa ou uma casca de ovo podem se tornar criatórios. É importante mencionar que o Aedes Aegypti, mosquito que também é transmissor da zika e da chikungunya, gosta de água parada, onde deposita seus ovos; e o calor, nesta época do ano, aumenta a circulação e atividade do mosquito.

O Aedes Aegypti é um mosquito doméstico, que tem, em média, menos de um centímetro de tamanho, é escuro e com riscos brancos nas patas, cabeça e corpo. Ele tem hábitos diurnos, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer. O inseto (apenas a fêmea) se alimenta basicamente de sangue humano. Uma vez que a reprodução acontece em água parada limpa ou suja, a dica é tampar os tonéis e a caixa d'água; manter as calhas sempre limpas; deixar garrafas sempre viradas com a boca para baixo; e manter as lixeiras bem tampadas. Ralos devem estar limpos e com aplicação de tela. Para garantir, vale limpar semanalmente ou preencher pratos de vasos de plantas com areia e também limpar com escova ou bucha os potes de água dos animais.

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