Inaugura hoje, às 19h, na Casa de Cultura Pedro Wayne,  a exposição foto-literária "Pandemias", do poeta Luiz Coronel e do fotógrafo Eurico Salis. No final da tarde de ontem, Coronel concedeu entrevista ao jornal Folha do Sul com transmissão ao vivo pela página do Facebook.

O poeta confidenciou que, ao entrar na Casa de Cultura, ficou impressionado com as fotos de Salis - junto com os seus poemas sobre a pandemia. "Prestamos um depoimento, e esse depoimento fotográfico começa aqui em Bagé", falou. Segundo ele, são fotografias das etnias gaúchas, todas com máscara e poemas de sua autoria sobre a pandemia. " O que posso pedir ao mundo em tempo de pandemia é que não perca o seu dom da alegria , que instaure nas praças o reino da alegria, e que cante e dance o fim da pandemia", disse Luiz Coronel.

Ao ser questionado como foi fazer uma exposição com a pandemia em curso, o poeta respondeu que o artista é a antena do mundo. "Ele é a sensibilidade de plantão a tudo que ocorre com o ser humano, do pesadelo a euforia", discorreu.

Academia Brasileira de Letras

Aos 83 anos, Luiz Coronel é candidato à Academia Brasileira de Letras. E o bageense conta com apoio de peso: quatro ex-governadores estão em campanha para que o bageense seja o escolhido. "Enviaram textos monumentais, empolgantes, elogiando o meu trabalho e me creditando que, mesmo com todas as dificuldades e desafios, que eu seja eleito para a Academia Brasileira de Letras", contou.

Coronel acrescentou que, com isso, vê que vale a pena o que faz como poeta, falando sobre a vida, o amor e sobre sua terra natal - Bagé. "Estou entrando um pouco tarde nessa carreira, mas só não corro contra o vento porque o vento é meu padrinho", afirmou Luiz Coronel. 

O bageense tem mais de 70 livros de sua autoria. É um dos nomes mais relevantes da cultura do Rio Grande do Sul.