O dia a dia de um protetor animal é feito de alegrias, tristezas, mas, sobretudo, de luta pela vida. No final da semana passada, o Núcleo Bageense de Proteção Animal acolheu uma mamãe gambá e seus oito filhotinhos. A fêmea foi atacada por cães e resgatada. Teve atendimento veterinário especializado, mas não resistiu. 

O final de semana, para a presidente do NBPA, Patrícia Coradini, foi dedicado, então, aos cuidados dos filhotes. Para mensurar a dedicação necessária: os bebês gambás precisavam ser alimentados de duas em duas horas. Apesar de toda a luta, os filhotes não sobreviveram, morreram nessa segunda-feira. 

Patrícia explicou que eles eram muito novinhos. Ela revelou que se sentiu bastante frustrada. Afinal, além de alimentá-los, manteve cada um deles aquecido. Esses hóspedes, infelizmente, são recorrentes na casa de Patrícia. Por isso, vale o alerta: acontece que nem sempre os gambás são atacados por cães, mas - muitas vezes - também por humanos.

O alerta é válido sobretudo nesta época porque as gambás costumam vagar em busca de alimentos. Geralmente, de setembro a março, elas carregam seus filhotes. Patrícia lembra que os gambás são animais inofensivos e ainda destacou a importância deles: "Fazem um controle de pragas, como carrapatos, por exemplo, que eles comem. E também são predadores de cobras". 

Patrícia fez um apelo: "Por favor, não os matem". Mas, afinal, o que fazer se encontrar um animal como este machucado? A presidente do NBPA enfatizou que sempre se deve procurar ajuda e o mais rápido possível. "Isso para evitar que o animal morra", ponderou.

Se, ao encontrar um gambá, verificar que o animal está morto, também é válido se certificar se não há filhotes (gambás são animais marsupiais, ou seja, carregam seus filhotes em uma bolsa) junto da mãe. Patrícia acrescentou que sempre é possível entrar em contato com o Núcleo para orientações. "A gente dá assistência para os bichinhos", sustentou.