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Lontra chama atenção para resgate de silvestres

Reprodução FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Animal foi recolhido e levado até a presidente do NBPA

Um bebê lontra foi encontrado na fria noite de segunda-feira próximo a um cemitério, localizado no bairro Passo das Pedras. A lontrinha estava no meio da rua, foi resgatada e levada até a presidente do Núcleo Bageense de Proteção Animal (NBPA), Patrícia Coradini. O filhote não resistiu e morreu, mas o episódio serve como alerta. Afinal, como proceder quando um animal como uma lontra precisa de ajuda?

A reportagem conversou com o veterinário Felipe Lemos, da clínica Arca de Noé, que esclareceu alguns aspectos que precisam ser considerados. Patrícia também relatou a experiência com a lontrinha. Há 16 anos resgatando animais, ela nunca havia se deparado com uma, e garantiu que o animal era lindo e uma doçura. O Folha conversou com Patrícia logo após a chegada do filhote em sua casa. Ela seguiu as orientações de Felipe para ajudar o bebê, que estava bastante gelado.

O primeiro procedimento, relatou Patrícia, foi aquecê-lo e posteriormente a lontrinha bebeu um leite especial. Patrícia explicou que a colocou no peito e a bebê a agarrou e se aninhou para se aquecer. Bebeu o leite e chorou. A protetora disse acreditar que a filhote de lontra se perdeu da mãe e o frio bastante rigoroso prejudicou sua saúde. Algumas horas depois, mesmo após um procedimento para tentar reanimá-la - tudo orientado pelo veterinário -, o animal não resistiu.

Lemos esclareceu que lontras são animais que vivem em uma ampla distribuição geográfica. "Aqui na nossa região não são muito comuns de serem encontrados, mas vêm, cada vez mais, aparecendo", disse. O profissional pontuou que, quando as pessoas se deparam com animais exóticos e silvestres em rodovias, ruas e estradas rurais, que é o mais comum, devem verificar se realmente o animal está precisando de ajuda, se está debilitado. Acontece que, por vezes, a pessoa, na tentativa de ajudar, acaba recolhendo o animal do seu habitat natural.

Isso pode ser muito prejudicial caso ele não esteja precisando de ajuda. Ou seja, na tentativa de ajudar, a pessoa acaba atrapalhando. "A gente tem que ver se ele realmente está precisando de ajuda, se está debilitado ou não", sustentou. Se o animal de fato precisa ser recolhido, o próximo passo é procurar um órgão responsável que faça o atendimento desse animal silvestre ou exótico. Outra dica importante é não tratar o animal como um cão ou gato. Ele exemplificou que muitas pessoas acabam pegando os bichinhos no colo e o animal acaba perdendo o medo do ser humano, e isso é bastante prejudicial porque torna o retorno para a natureza impossível.

O veterinário esclareceu que sempre que um animal deste tipo é resgatado, o principal objetivo é fazer a reinserção dele na natureza. Por isso, eles não podem perder o medo do ser humano, porque isto é uma questão de sobrevivência para eles. Caso a pessoa não consiga contato com um órgão, também pode procurar um veterinário especializado. Mas o principal, reiterou veterinário, é verificar se de fato o animal precisa de ajuda antes de retirá-lo da natureza.


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