Desde a tarde dessa quarta-feira (22), a Nova Galeria de Arte Edmundo Rodrigues recebe a Mostra Coletiva "Circulando o Bosque" e "Dona Santinha, a benzedeira de Bagé em Arte e Dança", de Carmen Santos e Elisandra Rocha. A mostra ocorre até o próximo dia 30 de setembro, das 9h às 16h.

A exposição "Dona Santinha, a benzedeira de Bagé em Arte e Dança", conforme a sua idealizadora, a professora Elisandra Rocha, do Elis Rocha Centro de Arte e Dança, foi lançada no início da pandemia e, agora, volta novamente o olhar para uma figura de amor e caridade. "Dona Santinha tem uma importância muito grande para a cidade e a gente transformou em dança", explicou. Elisandra fez um chamamento para que os bageenses participem do evento. "Queremos convidar a comunidade participar dessa exposição na Nova Galeria Edmundo Rodrigues, onde contaremos um pouco do que foi esse trabalho em dança da Dona Santinha", afirmou.

Alexandrina Penha da Conceição nasceu em 25 de junho de 1910. Preta, a partir dos 12 anos ela começou a promover curas, através da intervenção espiritual do Preto Velho João de Oliveira, ficando conhecida como Dona Santa ou Dona Santinha. Conforme os costumes da época, casou cedo e teve dez filhos. Logo ficou viúva, criando sozinha os filhos, sem nunca deixar de fazer curas e promover a caridade. Ela morreu em 1994. A história da benzedeira também já ganhou um livro intitulado "A Vida Comunitária de Dona Santa, Uma Benzedeira Negra nos Pampas Gaúchos", de autoria do professor César Jacinto.

Circulando o Bosque

De acordo com Carmen Santos, que faz parte do grupo Afrocultuando Art e Cultura, o projeto Circulando o Bosque traz conscientização em relação à preservação do meio ambiente por meio da prática de danças circulares, que trazem bem-estar físico e mental. "As danças circulares promovem inúmeros benefícios para os participantes, valorizando a saúde integral e levando em consideração o lado físico, psicológico e social", explica. Dentre os benefícios da dança propiciados pelo projeto destacam-se o desenvolvimento da consciência corporal, fortalecimento da coordenação motora, valorização de atitudes cooperativas, valorização da empatia, ampliação de sentimento de pertencimento, sensibilização e senso de organização coletiva, além do desenvolvimento de noção de ritmo por meio da música.