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Festa no Camaquã por arquivo de projeto de mineração

Marcia Colares/Especial FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Evento aconteceu nas entranhas do Camaquã

Cedo da manhã desse domingo quente, moradores do Distrito de Palmas, que compreende várias localidades do interior de Bagé, foram chegando para uma confraternização às margens do rio Camaquã. O evento, organizado pela Associação para Grandeza e União de Palmas (AGrUPa), grupo União pela Preservação do Rio Camaquã (UPP Camaquã) e Comitê de Combate à Megamineração, foi para comemorar o arquivamento do Projeto Caçapava do Sul, o que é considerado uma grande vitória para os moradores daquela região da Rainha da Fronteira.

Na vasta sombra ao lado do Camaquã, foram assadas duas vacas - fruto de doações. João Batista Colares, Antônio Carlos Gonçalves Dias, Marcos Vernieri, Zilo Machado e Alberto Rodrigues - todos palmenses - foram os assadores. "Inclusive, é importante dizer que muita gente esteve envolvida na organização desde sexta-feira, levando material para o local, como mesas, bancos, freezer para a bebida e carne", comentou a integrante da AGruPa, Márcia Colares.

O evento, que começou cedo, só foi terminar por volta das 19h. O dia foi para degustar o churrasco, confraternizar e se refrescar nas águas do Camaquã. O local onde aconteceu o encontro se chama Recanto do Camaquã, de propriedade de Neco Barbosa. Fica distante 85 quilômetros de Bagé, aproximadamente, sendo 65 pela BR-153 e 18 quilômetros de estrada de terra.

Mutirão

Como o lugar é distante, foram feitas viagens de camionete e trator com reboque, para carregar os materiais. Márcia relatou que as vacas foram carneadas na sexta-feira, quase noite, para serem preparadas para assar.

O evento contou com a participação da equipe do Inventário Nacional de Referências Culturais Lida Campeira (INRC Lida Campeira), com coordenação da professora Flávia Rieth (Antropologia UFPel )

Márcia lembrou que, há seis anos, em 6 de novembro de 2016, nesse mesmo local, foi lançado o Manifesto de Palmas, que foi o primeiro ato público de resistência ao Projeto Caçapava do Sul, da Votorantim, que pretendia minerar cobre, chumbo e zinco nas margens do Rio Camaquã, entre Bagé e Caçapava do Sul.

"Esse evento (desse domingo) foi realizado para comemorar o arquivamento do Projeto Caçapava do Sul, que foi uma grande vitória para a comunidade. Estamos cientes que a empresa poderá voltar, assim como temos ciência que existem outros projetos na região, inclusive um deles visando as nascentes do Rio Camaquã, em Lavras do Sul, mas essa etapa vencida precisávamos comemorar com a comunidade de Palmas, Bagé e demais municípios da Bacia do Camaquã, que apoiaram incansavelmente essa luta desde 2016", pontuou a integrante da AGrUPA.

Dom Quixote

Na ocasião, teve o ato de entrega do livro Dom Quixote, por parte da AGrUPA, para as crianças da região. De acordo com Márcia, foi inspirado na luta da comunidade, que de certa forma se identifica com a história do livro.


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