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Impacto

Falta de luz causa transtornos e prejuízos

Luciano Madeira imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Roberta contou que o prejuízo no salão foi em torno de R$ 60%

As mais de quatro horas sem luz em Bagé, nessa segunda-feira, causaram transtornos e prejuízos. Em uma casa que é padaria, lanche e café o impacto negativo foi em torno de 80% no faturamento. Na Vila Vicentina, uma idosa de 105 anos ficou sem o aparelho de oxigênio. Em torno de 26 mil clientes da CEE Grupo Equatorial ficaram sem luz.

A reportagem conversou com empresários de diversos segmentos para saber os impactos pela falta de energia durante toda tarde de segunda-feira. Cleiton Dutra, proprietário de uma casa especializada na venda de linguiças, contou que a falta de energia atrapalhou bastante as vendas. Érica Dutra, que é gerente desse estabelecimento, comentou que teve que fechar porque não tinha como atender e nem mesmo os clientes conseguiam fazer pedidos pelo telefone. "Tivemos um prejuízo de 40% em relação ao movimento", falou.

José Antonio Teles Lunardi, proprietário de uma padaria no centro da cidade, classificou a recorrente falta de energia elétrica como absurdo. "Aqui na cidade basta vir uma garoa e já falta luz. Acho que a Associação Comercial e Industrial de Bagé (Aciba) tem que tomar frente dessa situação", argumentou.

"É uma piada"

Segundo Lunardi, os equipamentos da padaria são todos informatizados e aí, quando falta luz, não tem como trabalhar. "É uma piada ficar por mais de quatro horas sem trabalhar. Tivemos um prejuízo de 80% de um dia de faturamento. Em 30 anos de funcionamento é a primeira vez que isso acontece", viciferou.

Roberta Jacinto, quer trabalha em um salão de beleza na galeria Alda Assumpção, relatou que não conseguiu atender os clientes. Segundo ela, foi necessário remarcar os horários. "Aqui todos os nossos equipamentos são elétricos. Com a falta de luz na segunda, nosso prejuízo foi de aproximadamente 60%", afirmou.

Mateus Lago, que é gerente de uma loja de vestuário e calçados, contou que por uma questão de segurança teve que fechar porque a luz não retornava. Lago falou que a Equatorial tem muito o que melhorar, principalmente na parte de logística e informação. "Se eles sabem que pode faltar luz, que avisem. A luz faltou em um horário de pico aqui na loja e com isso nosso faturamento ficou 20% abaixo de um dia normal da loja", lamentou.

Situação nos asilos

Maiara Farias, que é assistente social na Vila Vicentina, contou que a instituição tem 45 idosas internadas e nas casas particulares são 12 senhoras. De acordo com a profissional, com a queda de energia elétrica, a preocupação era com uma idosa de 105 anos que faz uso de oxigênio e, por esse motivo, o concentrador precisa ficar ligado 24 horas. "Graças a Deus a nossa equipe conseguiu manter ela estabilizada até o retorno da luz", disse.

Maira informou que a maioria dos quartos tem ar condicionado e como a instituição tem luz de emergência, a situação foi tranquila.

A coordenadora da Fundação Geriátrica José e Auta Gomes, Viviana de Souza Nóbrega, informou que o local abriga 45 idosos. Ela comentou que trabalha há 12 anos na instituição e que é a primeira vez que acontece de ficar mais de quatro horas sem energia. "Nós temos luz de emergência, o que nos ajudou para conseguirmos dar a medicação dos nossos internados, mas alguns pacientes precisavam fazer nebulização, aí acabou atrasando", falou.

De um setor para outro

Na segunda-feira, por meio das redes sociais, a Equatorial alegou que o problema foi em um transformador. Ontem a reportagem entrou em contato com o setor de relações institucionais da empresa que, por sua vez, disse para ligar para o setor de imprensa, que passou para a CTFL. Esse setor atendeu e informou que teria que passar os questionamentos por e-mail. Isso por volta das 17h28min de ontem.

 

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