O agravamento da pandemia de coronavírus e o período de férias têm atingido diretamente as organizações sociais que promovem trabalhos assistenciais. Na edição de ontem do jornal Folha do Sul foi relatada a dificuldade enfrentada por dois dos principais asilos da cidade. Agora a reportagem ouviu duas entidades que trabalham diretamente com pacientes oncológicos.

Uma delas é a Liga Feminina de Combate ao Câncer. De acordo com a presidente da instituição, Inês Xavier, as doações já se tornaram escassas desde o começo da pandemia. "Na verdade desde que começou a pandemia e que ficamos privadas de realizar nossas promoções, nossa arrecadação diminui consideravelmente", lamentou.

Ela conta que também houve diminuição no quadro de sócios da entidade, que colaboravam periodicamente com algum valor. "Infelizmentente perdemos muitos associados para a pandemia e outras comorbidades, como também muitos deixaram de colaborar devido à recessão econômica em que a maioria se encontra. Mas, felizmente, temos conseguido sobreviver através da generosidade de pessoas que compreendem a importância da Liga e promovem ações que nos dão alguma arrecadação e isso nos permite continuar nosso trabalho", contou.

A Liga ajuda seus assistidos de diversas formas, desde a distribuição de medicamentos até cestas básicas. As doações ser encaminhadas diretamente para a presidente da entidade, através do número (53) 999763265. Também é possível entrar em contato com a diretoria de forma presencial. A Liga presta atendimento todas as segundas-feiras, das 13h30min às 16h em uma sala no prédio da prefeitura, com entrada pela rua Juvêncio Lemos.

Situação parecida é enfrentada pela Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (Aapecan). De acordo com Francione Pimenta, que é psicóloga da entidade na unidade de Bagé, houve uma queda nas doações de gêneros alimentícios. "Tivemos só uma doação de cestas básicas no mês de janeiro", confirmou.

Ela explica que a Associação busca se reorganizar para conseguir manter os atendimentos. "Estamos nos organizando com o que ficou do ano passado e filtrando para os usuários que mais necessitam no momento", detalhou. Os itens de maior necessidade no momento são: feijão, leite, óleo e enlatados.

Além dessa diminuição, a entidade também optou por suspender algumas ações presenciais de divulgação, além de eventos, grupos e reuniões. "Os cadastros e os atendimentos individuais permanecem", elucidou.

Em Bagé, a sede da Aapecan fica na rua Breno Fernando, 2325, no bairro Mascarenhas de Moraes. O telefone para contato é (53) 32429929.