A questão do IPTU em Bagé ainda deve ter mais desdobramentos. Na manhã de ontem um grupo de mais de dez entidades esteve reunido como Executivo municipal para apresentar uma nova proposta em relação ao imposto. O jornal Folha do Sul conversou com os representantes de algumas entidades que estiveram presentes e todos se mostraram otimistas com o assunto.

Conforme já havia adiantado o presidente da Associação Comercial e Industrial de Bagé (Aciba), Ricardo Souza, através da assessoria de comunicação, as entidades apresentaram uma proposta alternativa ao projeto de lei que deve ser votado na próxima semana. "Em relação ao projeto de lei nº 145/2001, as entidades vão solicitar ao prefeito uma redução linear nas alíquotas dos índices a ser acertado. Outro quesito a ser solicitado, que deve constar no projeto de lei, é que os reajustes sejam anuais e que tenham com base de indexador o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que é considerado o menor índice da atualidade e que vem sendo utilizado pelo governo para medir a inflação", antecipou Souza.

Após a reunião, que durou pouco mais de duas horas, Souza afirmou estar otimista quanto a negociação. "Foi extremamente produtiva (a reunião). As entidades fizeram várias proposições ao Executivo, que ficou de analisa-las. O caminho está sendo trilhado de uma forma muito clara entre Entidades e Executivo. Provavelmente vamos acabar finalizando em um projeto que satisfaça as necessidades da prefeitura, que venha a corrigir distorções históricas em relação a Planta Genérica de Valores, mas que também não pese no bolso do contribuinte, bem como dos empreendedores e daqueles que geram emprego e renda na cidade", avaliou.

Também esteve presente na reunião o delegado do Secovi Zona Sul, José Walter Lopes. Para ele, a prefeitura deve acolher a proposta. "Acredito que vão acolher. Estamos muito esperançosos. Trabalhamos muito fazendo cálculos, revendo itens, tudo para chegar a uma nova proposta. O setor imobiliário, tanto para empresários quanto para quem possui imóveis, principalmente na região central da cidade, será muito afetado", declarou.

Outra entidade que esteve presente foi o Conselho Bageense da Mulher Empreendedora (Cobame). Conforme a presidente da entidade, Silvana Osband, o Conselho está aberto para negociações. "Estamos juntamente com as demais entidades abertas à negociação com o governo, no sentido de contribuir para que a alteração na legislação seja feita de forma a não prejudicar os contribuintes, ao mesmo tempo em que colabora com o crescimento da cidade", disse.

A reportagem do jornal Folha do Sul ainda procurou outras entidades que estiveram presentes no encontro e também buscou a posição da prefeitura sobre a proposta apresentada. Contudo, até o fechamento desta edição, nenhuma das instituições contatadas havia respondido.