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Diversos bairros têm registro de casas alagadas

Luciano Madeira imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Gladis perdeu praticamente tudo: manhã foi de limpeza

Se, por um lado, a tão esperada chuva chegou em Bagé para solucionar a situação hídrica das barragens e fez a Prefeitura anunciar o fim do racionamento - após os mais de 160 milímetros -, por outro, a precipitação excessiva e as rajadas de vento causaram prejuízos em diversos bairros da cidade. 

  

Houve registro de casas alagadas e ruas que tiveram que ser interrompidas por causa da água. Em uma residência na rua Otávio dos Santos, no bairro Floresta, a doméstica Gladis Marques Leite, de 49 anos, precisou correr para salvar o que podia. Isso porque o imóvel ficou completamente alagado. Moradora do bairro desde criança, ela garantiu que esse não é um problema pontual. "Aqui sempre entrou água, mas, agora, tá pior", comentou, ao mencionar acreditar que a situação se agravou após o asfaltamento do Anel Rodoviário. 

  

Ela perdeu praticamente tudo. "Eu e minhas filhas tentamos salvar o que deu, mas acredito que só a geladeira esteja funcionando. Perdi cama, fogão, roupeiro", relatou, ao afirmar que a água "bateu" no meio da canela. "Eu moro com três filhas, meu genro, meu pai e um neto, e, agora, tenho que trabalhar para tentar comprar tudo de novo", lamentou.  

  

A doméstica Rosane Cavalheiro, de 46 anos, mora com o filho de 13. Ela disse que há anos 18 reside no bairro Floresta. Na hora da chuva, Rosane estava no trabalho e recebeu um telefonema da vizinha, que avisou que a casa estava sendo invadida pela água. "Eu saí do serviço e, quando cheguei em casa, os meus móveis já estavam debaixo d’água", relatou. Rosane mencionou que ligou para o Corpo de Bombeiros, que foram até a residência e colocaram a geladeira em cima de umas cadeiras. O restante dos móveis, porém, ficaram molhados. Até o botijão de gás ficou submerso. A doméstica disse que estava com medo pela previsão de mais chuva. "Eu vou ficar um tempo na casa da minha irmã, esperando a minha secar", comentou. 

  

Panorama dos Bombeiros 

O comandante do Corpo de Bombeiros, Bruno de Campo Moura, informou que os telefones da guarnição não pararam entre quarta e quinta-feira. Isso com pedidos de ajuda. Segundo detalhou, são ocorrências em diversos pontos da cidade: há casos de alagamento, mas a grande maioria é de quedas de árvores em via pública, sobre casas e carros. Campos disse que o Corpo de Bombeiros, além do atendimento a essas demandas em Bagé, também está atuando na cidade de Pinheiro Machado. 

  

O secretário municipal de Assistência e Direito do Idoso e Trabalho, Graziane Lara, garantiu que, neste momento de calamidade, "nosso papel é acolher as pessoas como sempre". E enfatizou: "A nossa equipe está na rua desde a madrugada de quarta-feira, quando já realizamos 13 atendimentos, onde foi colocado lona em algumas casas, além de pedidos de cesta básica que levamos para algumas famílias". O secretário reiterou que os pedidos de ajuda daqueles que foram atingidos pelas fortes chuvas podem ser feitos pelo WhatsApp (53) 9 9966 0062. 

  

Sem retorno da Defesa Civil 

A reportagem fez contato com a Defesa Civil, através de ligações para o celular do coordenador, Everton Kaupe, e também com o secretário de Infraestrutura do município, Augusto Lara. Nenhum dos dois atendeu ou retornou.  

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