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Comércio manifesta preocupação com aumento dos casos de covid-19

Niela Bittencourt imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Sindicato dos trabalhadores pede que população complete a imunização

O aumento no número de casos de covid-19 devido a rápida contaminação pela variante ômicron preocupa um dos setores mais impactados pela pandemia de coronavírus, o comércio. O secretário de Saúde de Bagé, Michelon Apoitia, admitiu que, nos próximos dias, muitos casos positivos para a doença serão divulgados. A diferença é que a maioria destes casos é formada por pacientes com sintomas leves. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Bagé, Ricardo Souza, garantiu que a entidade está em alerta. "Temos certeza que esse é um momento complicado, de dúvida e um momento de observação", manifestou.

Ele argumentou: ao mesmo tempo que a Saúde afirma que a taxa de contaminação aumentará, o comércio ainda não consegue prever qual será o impacto disso, o reflexo na economia. O presidente completou que a expectativa é por uma posterior redução dos casos. "Até para que não tenhamos, nos próximos meses, um fechamento ou alguma algum tipo de restrição de movimentação dos nossos consumidores, que seria um grande prejuízo para o comércio", justificou.

Souza lembrou que, mesmo com a variante mais contaminante, os quadros daquelas pessoas que adoecem são mais leves. Tanto que, comentou o presidente, Bagé tem tido um aumento no número de casos, mas a grande maioria dos contaminados - bem mais de 90% - tem se mantido em casa para recuperação, não necessitando de atendimento hospitalar.

"Mas, mesmo assim, a preocupação do empresariado é muito grande", acrescentou, ao explicar que isso cria uma incerteza no consumidor, e gera medo ao empresariado. Há preocupação com as vendas já em decorrência das viagens do período e uma alta taxa de infecção pode agravar a situação. As férias em janeiro e fevereiro, as viagens e o carnaval, todos somados a variante ômicron e sua capacidade de contaminação "preocupa e muito o comércio local".

Souza lembrou que o comércio trabalha com previsibilidade e o número crescente de contaminados gera sim uma expectativa negativa, ao impactar o planejamento de trabalho. Existe, ainda, uma preocupação com os trabalhadores. "Há preocupação dos empreendedores também com seus colaboradores com essa alta transmissibilidade", ponderou, ao mencionar que os meses são aqueles em que a maioria das empresas concede férias e quando ocorrem bastante viagens. E ainda citou o período anterior, com as festas de final de ano e outro próximo, que é o carnaval. "As empresas têm uma preocupação com os seus quadros de colaboradores porque isso afeta, logicamente, também o desempenho das empresas neste momento tão complicado", sustentou. A fala faz referência não só a pandemia, mas a dificuldade decorrente da inflação.


Sindicom faz apelo aos trabalhadores e à comunidade

O presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio de Bagé, Nilton Machado Martins, destacou que existe sim uma preocupação com os trabalhadores neste novo momento da pandemia, quando os casos de covid-19 voltam a subir devido à alta taxa de contaminação pela variante Ômicron. Ele lembrou que estes trabalhadores sempre estiveram na linha de frente, e mantiveram atendimento ao público, o que é e sempre foi bem arriscado desde que a pandemia começou.

O apelo do presidente é para que todos os protocolos sejam sempre mantidos, com uso de máscara, álcool em gel e, sobretudo, com a vacinação. O pedido é para que trabalhadores e população garantam suas doses. Ele pede que aqueles quem não foram aos pontos que comecem a se imunizar e aqueles que ainda não buscaram o reforço o façam para o bem de todos. O presidente do Sindicom justificou que 90% dos casos de covid-19 que, hoje, evoluem mal são de pessoas não vacinadas.


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