O movimento nos mercados, nos dias que antecedem o Natal, é motivado, sobretudo, pela busca por itens tradicionais como panetones, bebidas, aves e carnes para aquele churrasco. E há expectativa de aumento nas vendas em comparação ao mesmo período do ano passado. A aposta dos estabelecimentos é disponibilizar uma variedade de produtos, inclusive aqueles mais acessíveis.

O diretor de relacionamentos da rede de supermercados Nicolini, Selmo Dias, comentou que é possível observar que as pessoas estão mais dispostas a se reunirem neste Natal e também na virada de ano, o que deve impactar as vendas. "As famílias vão se reunir e confraternizar. Nossa expectativa é de crescimento em relação ao ano passado", mencionou.

Na rede, os itens mais procurados para o período de festas são as bebidas, carnes para o churrasco, panetones e as tradicionais aves natalinas. Sobre os preços, o profissional enfatizou que o estabelecimento busca sempre alternativas para que o consumidor tenha opções de comprar produtos mais acessíveis. "Estamos promovendo a grande maioria dos itens dessa época. Além disso, antecipamos a compra dos produtos e adquirimos em grande volume na tentativa de reduzir os custos e repassar esse benefício para o preço final", observou.

Já o empresário Lindonor Peruzzo garantiu que, na rede de supermercados, a expectativa é boa. Segundo ele, o consumidor têm buscado produtos com preços atraentes e voltados para a alimentação. "Os itens preferidos são as aves natalinas, bebidas, conservas, farofas, frutas, ou seja, itens voltados para a ceia natalina", observou. Peruzzo admitiu que a ceia está mais cara este ano e que a rede tem apostado em promoções para atrair os consumidores. "O reajuste médio tem sido na faixa de 12% a 18%. Porém, temos promoções variadas para todos os consumidores", sustentou.

Crescimento nas vendas e nos preços

De acordo com uma projeção da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul, o Natal deve injetar quase R$ 5 bilhões na economia do Estado: as vendas podem atingir um percentual de crescimento de 18% em comparação ao mesmo período de 2020. No país, a expectativa é de circulação de quase R$ 40 bilhões.

Já a Fecomércio aponta que os itens tradicionais do período apresentaram, nos últimos 12 meses, um percentual de reajuste de 13,4%. A única exceção é o bacalhau, com queda de 2,6%. Vale mencionar, porém, que, no ano passado, o reajuste médio da cesta ultrapassou os 15%.