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Arvorezinha

Bageenses poderão visitar obra da barragem

Tamile Padilha/Especial FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Doze equipamentos e 53 profissionais atuam no canteiro

Há pouco mais de seis meses, o município e o Exército assinaram a ordem de início da obra da barragem da Arvorezinha. Atualmente, 53 profissionais do Exército atuam na obra; além disso, há 12 equipamentos no canteiro, como máquinas e caminhões. O secretário de Gestão, Planejamento e Captação de Recursos de Bagé, Ronaldo Hoesel, esclareceu que a primeira fase foi vencida: em síntese, toda a estrutura necessária para o trabalho do Exército, com a construção de alojamentos, refeitório, laboratório e oficina, por exemplo. Vale lembrar que a previsão é que a execução da obra demande um total de 48 meses. Ou seja, quatro anos de trabalhos.


É justamente com o objetivo de mostrar que o empreendimento avança, com trabalho de segunda-feira a domingo, conforme Hoesel, que o município pretende entre outubro e novembro realizar o agendamento para que escolas, entidades e empresas possam adentrar o canteiro de obras. Tudo de forma segura: é claro, haverá limites de áreas que poderão ser conferidas, uma vez que os trabalhos não vão parar nestes momentos. Mas vale mencionar que é possível agendar visitas diretamente na Geplan, que avalia a demanda e autoriza o interessado a conferir a movimentação que ocorre por lá. Conforme o ano avança, assim como a obra, e com a chegada do próximo, a previsão é de que mais profissionais do Exército estejam mobilizados na execução da barragem: cerca de 120 homens devem atuar nos próximos meses. Até atingir esse montante, o número de trabalhadores vai aumentando gradativamente, segundo observou o secretário. 


"Faseada"


Hoesel detalhou que esses 53 profissionais do Exército, que estão, hoje, no canteiro de obras, trabalham na escavação do canal de aproximação. Essa é a atual fase da execução do empreendimento. Houve alguns contratempos nessa fase devido às chuvas do período - era necessário, para trabalhar, realizar a sucção da água. Mas isso não prejudicou o cronograma, que está dentro do previsto, conforme o secretário. Em síntese, o canal de aproximação, que tem cerca de 400 metros, desvia o rio para o vertedouro. A próxima etapa é a construção da ensecadeira, cujo papel é interromper o rio. Antes da obra avançar para a execução do vertedouro, os trabalhadores ainda devem executar o canal de descarga. 


É importante lembrar que o vertedouro será executado por uma empresa terceirizada pelo Exército. Isso já havia sido esclarecido em março, quando ocorreu a assinatura da ordem de início da execução da barragem. Naquela ocasião, ao ser questionado se o Exército executaria 100% da obra, o general da Brigada, comandante da Terceira Brigada de Cavalaria Mecanizada, Carlos Vinícius Teixeira e Vasconcelos, detalhou que ela é "faseada", e que o Exército, com os meios que dispõe, não tem condições de realizar todas as fases da obra. "O Exército é o responsável pela obra. Nós vamos começar, nós vamos entregar esse produto pronto, com o nível de qualidade do Exército Brasileiro, como tantas outras obras que a gente construiu no decorrer da história", disse, na ocasião.


Aliás, no mesmo dia, o tenente-coronel Paulo da Silva Nogueira, comandante do Primeiro Batalhão Ferroviário, esclareceu que a divisão dos trabalhos tem a ver com a natureza dos serviços técnicos que serão executados. Toda a parte de movimentação de terras, como escavação do canal de descarga, escavação do canal de aproximação e montagem do maciço da barragem, por exemplo, será executada de forma direta pelo Exército. Já aqueles serviços que envolvem a concretagem de grandes volumes serão terceirizados. 


Em detalhes 


Na atual fase, que é a execução do canal de aproximação, há três subfases, que é a retirada da vegetação, de uma primeira camada de pedras e uma terceira, que requer a utilização de detonadores. Já em outubro, inclusive, mais 30 homens devem chegar de Lages, assim como mais equipamentos, para reforçar a equipe de trabalho do Exército. A ideia é aproveitar um período que se inicia de menor instabilidade climática. Sobre a atuação de segunda-feira a domingo, Hoesel comentou que antes, o trabalho ocorria por 25 dias seguidos e a equipe retornava para Lages durante cinco. Agora, porém, como há mais pessoas mobilizadas, as equipes se revezam para que a obra nunca pare. 


Também é importante esclarecer que a Geplan tem engenheiros envolvidos no empreendimento, que realizam o acompanhamento dos trabalhos. Da mesma forma, a Semapa, com arqueólogos e geólogos, por exemplo. O Daeb também está envolvido, inclusive realiza a segurança da área. Recentemente, em agosto, ocorreu licitação para definição das empresas que irão assumir o Plano Básico Ambiental (para tratar da flora e da fauna - por vezes é necessária, neste tipo de empreendimento, a captura de animais) e a Gerência e Fiscalização. Em breve, elas devem começar a atuar no empreendimento. Mas Geplan e Semapa ainda permanecerão no acompanhamento - apenas as funções, as responsabilidades serão redistribuídas. 


Hoesel comentou que a Geplan, a partir de agora, também trabalha no projeto para construção da adutora - uma das fases do empreendimento, que deve ser licitada. Já existe um pré-projeto e os recursos para a execução, tal qual os das demais fases, já estão garantidos. A pasta ainda trabalhará no Plano de Segurança da barragem, que prevê o monitoramento da taipa e um plano de fuga, por exemplo. O secretário finalizou ao abordar a felicidade do envolvimento em um empreendimento aguardado há mais de 50 anos pela comunidade bageense e reiterou que o ritmo da obra está numa crescente, dentro do cronograma estabelecido. 

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