De acordo com dados do IBGE, Bagé teria que vacinar, contra a covid-19, um total de 7,8 mil crianças. Porém, a cidade ultrapassou o montante de oito mil crianças vacinadas com a primeira dose, ou seja, mais do que 100% do público-alvo. Tal percentual é bem diferente de outras cidades: o Brasil não conseguiu imunizar nem ao menos metade das crianças com idades entre 5 e 11 anos.

Questionado sobre o motivo pelo qual houve tamanha adesão na Rainha da Fronteira, o coordenador da Vigilância em Saúde, Geraldo Gomes, disse acreditar que a população sabe que há credibilidade no trabalho de todos que estão envolvidos na luta contra a covid-19. Ele lembrou que Bagé foi uma das primeiras cidades a ter que encarar o vírus, inclusive com medidas como o lockdown.

As ações e, posteriormente, a vacinação logo trouxeram resultados, com a diminuição de índices de contaminação. Mesmo com o avanço da Ômicron, neste início de 2022, Bagé manteve a situação das internações sob controle justamente pelo percentual de pessoas vacinadas. Assim, tudo isso, engajou a comunidade a também vacinar os pequenos. Conforme Gomes, essas mesmas crianças que receberam a primeira dose da vacina, agora retornam para a segunda dose.

Da mesma forma, a procura pela quarta dose, pelos idosos, tem sido bastante satisfatória, segundo ele. Idosos, adultos, jovens e crianças têm demandado da Saúde de acordo as melhores expectativas. Vale comentar que, com a vacinação contra a influenza, muitos idosos têm ido ao comercial e aproveitado para receber a terceira ou a quarta dose e também a nova imunização, a vacina contra a gripe.

No país

Dados do Ministério da Saúde, atualizados em 5 de março, revelam que aproximadamente 9,7 milhões de crianças da faixa etária alvo iniciaram o esquema vacinal contra a covid-19. Isso representa em torno do 47,5% do montante esperado. Reportagem do jornal Correio do Povo lembrou que entre os dias 17 de maio e 8 de junho de 2021, foram aplicados mais de 22 milhões de primeiras doses em adultos. Tal número demonstra que a capacidade do sistema de atendimento não seria o problema e sim a resistência dos pais.