Na edição dessa sexta-feira, o Folha do Sul publicou reportagem com a coordenadora do Conselho Tutelar, Viviane Gonçalves. Ao abordar os casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, a conselheira mencionou que muitas crianças vivem em lugares insalubres em Bagé e sem acompanhamento dos agentes de Saúde.

Nesta edição, a coordenadora dos agentes de Saúde, Schaiane Gusmão Brignol, relatou que há alguns locais que não são visitados pelos profissionais, porque eles não conseguem cobrir toda a cidade.

“Quando nós constatamos que essas crianças vivem em locais insalubres e não têm amparo, encaminhamos os casos para o Centro de Referência da Assistência Social (Cras) para que seja feito o acolhimento dessas crianças. Geralmente esses casos acontecem quando se constata situação de abandono ou tenha algum risco para criança”, disse.

Segundo ela, os agentes de Saúde fazem a busca ativa dessas crianças para o Bolsa Família. Além disso, é feita a pesagem e aferição da altura e averiguada a situação vacinal. De acordo com a coordenadora, quando a criança está com estatura abaixo do normal, por exemplo, é encaminhada para atendimento médico.

Chaiane disse que, hoje, os agentes de saúde atendem bairros como Vicente Gallo Sobrinho, Popular, Tiaraju, Balança e Habitar Brasil – que apresentam casos de vulnerabilidade social. “Somos 129 agentes de Saúde e cada agente tem o limite mínimo no mês para atender 750 pessoas, mas geralmente tem agentes que chegam a atender, em média, 1,3 mil pessoas”, comentou.

Indagada sobre o que é um local insalubre, Schaiane falou que são lugares onde as famílias moram em casa de chão batido, não têm saneamento, luz e água potável.

12.1 – Legenda: Alguns locais da cidade carecem de acompanhamento
Crédito: Arquivo FS