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Júri

Réu é condenado a mais de oito anos

Luciano Madeira imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Ele alegou que foi a vítima que o agrediu

Nessa quinta-feira, Juliano Azevedo de Almeida, 28 anos, conhecido como Ném, sentou no banco dos réus. Ele era acusado de ter tentado matar, no dia 1° de janeiro de 2021, Éverson de Oliveira Pinto, com um golpe de arma branca. O fato aconteceu na avenida Santa Tecla. Após nove horas de julgamento, Almeida foi condenado a oito anos e quatro meses em regime fechado, sem o direito de recorrer em liberdade.

 
Junto com Ném também seria julgado Crístian Omar Oliveira Romeu. Como ele não foi encontrado, aconteceu apenas o julgamento de Almeida. A vítima foi a primeira a ser ouvida e pediu para ser ouvida sem a presença do réu.

 
A vítima contou que, naquela madrugada, estava em uma festa de Réveillon em uma chácara localizada nos Olhos D´água. Afirmou que viu um amigo sendo intimidado por outro homem e foi até os dois para tentar apartar. Contou que Almeida e Romeu, junto com mais quatro pessoas, começaram a lhe agredir com socos e chutes. Acrescentou que não conhecia os agressores.

 
Pinto garantiu que, que quando estava indo embora, encontrou, na estrada, uma mulher, e que parou a moto e ofereceu carona. Na avenida Santa Tecla, parou para conversar com ela e foi quando apareceram os agressores. Ele relatou que foi atingido pelo réu com algo pontiagudo nas costelas. “Eu perdi as forças e caí e eles entraram no carro e foram embora. Fui socorrido por uma ambulância do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) e fiquei hospitalizado dois dias”, relatou.

 
Mesma versão
Uma mulher que foi arrolada como testemunha pelo Ministério Público relatou que estava na festa e ficou sabendo que tinha acontecido uma briga. Alegou que, quando estava indo embora, perdeu a carona no carro de amigos. Foi quando a vítima lhe ofereceu uma carona. Ela apresentou a mesma versão, ao dizer que pararam na avenida Santa Tecla e chegou um carro com cinco pessoas. “Me empurraram, eu caí e eles começaram a agredir o Éverson com socos e chutes. Foi quando eu vi o réu dando uma facada nele e foram embora”, disse.

 
No início da tarde, começou o interrogatório do réu. Ele alegou que foi a vítima que o agrediu, no momento em que estava abraçando um amigo. Contou que, quando saíram da festa, encontraram a vítima com a mulher, na avenida Santa Tecla. “Meu amigo, que sabia que eu tinha apanhado na festa, parou o carro e foi tirar satisfação por mim. Ele e a vítima brigaram. Eu me meti porque o Éverson estava agredindo o meu amigo e dei um soco nele na região da barriga e fomos embora”, garantiu.

 
O réu falou que está há dois anos preso por esse fato. “Eu me arrependo de tudo que fiz. Sei que errei, mas nunca quis matar ninguém”, sustentou. 

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