O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, assinou um contrato de compra de novas ferramentas de tecnologia e de identificação biométrica chamado de Abis (Solução Automatizada de Identificação Biométrica). O projeto permitirá realizar a identificação de pessoas, bem como armazenamento biométrico dos cidadãos. De acordo com a Agência Brasil, o novo sistema já vai entrar em funcionamento com um banco de dados com cerca de 22 milhões de cadastros.

Conforme Maiurino, as  informações constam no antigo sistema, que será desativado. O Afis já é usado há mais de 16 anos e é referência internacional na identificação de digitais, sejam elas em cenas de crimes ou na procura de pessoas desaparecidas, afirma o diretor-geral da Polícia Federal. O sistema de identificação e impressões digitais oferece, com exatidão, cruzamentos de dados, consulta, impressões digitais e até mesmo reconhecimento facial. A capacidade inicial é de 50,2 milhões de cadastros únicos, mas pode ser expandida para identificar os dados de toda a população brasileira. De acordo com o diretor do órgão, o processo de atualização digital tem a finalidade de criar um banco de impressões digitais totalmente unificado e que possa compartilhar os dados já existentes entre as Secretarias de Segurança Pública em parceria com a Polícia Federal e com o Ministério da Justiça e Segurança Pública. 

A reportagem entrou em contato com o delegado da Polícia Federal em Bagé, Cicero Costa Aguiar. Ele falou que até o momento não recebeu nenhuma informação sobre a compra desses novos equipamentos. "Vamos ter que aguardar porque recém foi feita a assinatura de compra, e geralmente é um processo demorado", disse.