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Justino Quintana

Ameaça de massacre assusta comunidade escolar

Luciano Madeira imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Instituição de ensino é uma das maiores da região

Na tarde dessa quarta-feira, um grupo de pais e mães foram até a Escola Estadual Justino Costa Quintana pedir explicações para a direção da instituição sobre um desenho feito por um aluno. Na imagem, que circulou pelas redes sociais, aparecem duas pessoas em frente a escola com duas poças de sangue e a frase "O grande dia está chegando" - numa alusão de que iria acontecer um massacre na escola.

A reportagem foi até a escola Justino Quintana e conversou com algumas mães que participaram de uma reunião com a direção. Uma delas relatou que tem duas filhas que estudam na escola - uma de 16 anos, no Ensino Médio, e outra de 13 anos, que está no sétimo ano do Ensino Fundamental. A mulher disse que tomou conhecimento do desenho por um grupo de WhatsApp e, por esse motivo, foi cobrar explicações. "Não vou deixar as minhas filhas estudando junto com esse aluno. Alguma providência tem que ser tomada", sustentou.

Canivete na aula

Outra mãe, que também tem duas filhas no colégio, uma de 17 anos, no Ensino Médio, e outra de 13, no Ensino Fundamental, afirmou que não é certo os alunos ficarem estudando no mesmo local que o suposto autor do desenho. "Esse aluno está afastado, mas na semana que vem ele já pode voltar a frequentar a escola. O mínimo que tem que acontecer é ele ser expulso, porque esses dias ele estava armado de canivete na sala de aula e disse que as pessoas não iam morrer da facada e sim de tétano", revelou a mulher.

Na frente da escola, as mães sustentaram que não vão levar os filhos para o colégio até que o aluno seja expulso.

Posição da direção

Quando o Folha do Sul tomou conhecimento do desenho, entrou em contato com a diretora da escola Justino Quintana, a professora Lidiane Mendonça. Isso por telefone. Ela disse que não poderia atender porque estava em uma reunião. A reportagem foi até lá e foi recebida pela supervisora da escola, a professora Claudia Borges. A educadora justificou que a escola estava atendendo alguns pais e que todas as informações seriam repassadas pela 13ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE)

Coordenadora diz que é do cotidiano

Por meio de nota, a coordenadora regional de Educação, Miriele Rodrigues, argumentou que o desenho é de um adolescente e não teve nada mais do que isso. Ela garantiu que o aluno em questão não está frequentando a aula, que está em atendimento psicológico.

Para a coordenadora, o estudante ter postado o desenho nas redes sociais fez o fato tomar uma proporção maior. E acrescentou que a 13ª CRE está dando todo o atendimento para a escola, junto ao aluno envolvido. "Isso aconteceu faz uns dias, faz parte do cotidiano escolar. A gente trata, trabalha e encaminha os estudantes. Não podemos fazer um grande alarde disso, pois o aluno em questão está muito vulnerável com as críticas em cima do ocorrido", defendeu a coordenadora.

Ela informou que, dentro da Coordenadoria Regional de Educação, tem a Comissão Interna de Prevenção a Acidentes e Violência Escolar (Cipave) - grupo que trata sobre esses assuntos.

Investigação

A Polícia Civil irá investigar o caso, se o aluno agiu sozinho ou não. Na quarta-feira, quando os pais foram até a escola, a Brigada Militar também se deslocou até o local e participou da reunião.

Não é o primeiro caso

Há cerca de três anos, um fato semelhante aconteceu na Escola Justino Quintana, onde um aluno fez ameaças de que iria matar várias pessoas da instituição. Ele fez uma lista com os nomes das possíveis vítimas. Entre eles, o primeiro da era o da diretora na época. A direção, naquela ocasião, registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil.


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