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Conexões

Sistema detecta crimes cometidos com as mesmas armas

Isaac Amorim/MJSP imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Cada registro representa a ligação entre dois ou mais casos

O Sistema Nacional de Análise Balística (Sinab) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) confirmou 1 992 conexões entre crimes cometidos com a mesma arma desde 2023. Cada registro representa a ligação entre dois casos, o que corresponde à comparação de 3.984 crimes. 

Esses números refletem 74,55% das informações inseridas no Banco Nacional de Perfis Balísticos (BNPB), vinculado ao Sinab, desde o ano passado. Por meio dessas identificações, foi possível apreender 620 armas de fogo ligadas a crimes. Em cerca de 93% desses casos, não havia na cena de crime vestígios como impressões digitais ou imagens que pudessem levar ao autor do delito. Todas as informações de identificação foram geradas pelo banco de dados. 

De acordo com o levantamento, em 2024 foram registradas 926 conexões; em 2023, foram 1 066; e em 2022, 358. Somados os dados desde 2022 até o momento, foram 2 350 correlações confirmadas de casos cometidos com a mesma arma, o que corresponde a 4,7 mil crimes. 

Análises 

São inseridas no BNPB amostras de projéteis e estojos recolhidos de cenas envolvendo homicídio, feminicídio, latrocínio e roubo. Conforme explica o coordenador do Comitê Gestor do Sinab, Lehi Sudy, é possível identificar, por exemplo, se homicídios diferentes foram cometidos com a mesma arma. “Nesse caso, a tentativa ou o homicídio são registrados no sistema, mas pode não haver correspondências imediatas. No entanto, se uma pessoa for presa posteriormente, o sistema pode identificar que a arma apreendida com ela foi utilizada em um crime específico, fornecendo a data exata do ocorrido”, esclarece. 

Para realizar as análises, os peritos criminais recolhem da cena do crime projéteis e cápsulas de munição, chamadas de estojos. Feito isso, o material segue para os laboratórios de análise, onde passa por um processamento e tratamento. Quando as amostras são inseridas, o sistema do banco de dados gera uma lista de possíveis correspondências com elementos de outros casos envolvendo armas registradas no banco. 

Quando ocorre um disparo, o estojo do projétil se deforma ao entrar em contato com a arma, adquirindo marcas específicas desse armamento, conforme detalha Sudy. “Ao analisar essas marcas, é possível determinar se dois estojos foram disparados pela mesma arma, pois o projétil, ao passar pelo cano, adquire marcas únicas, já que nenhum cano é idêntico a outro. Com esse processo, é possível analisar vários estojos e determinar se foram disparados pela mesma arma ou por armas diferentes”, conclui. 

Rede 

O Sinab integra as 27 unidades federativas e é alimentado em parceria com a Polícia Federal. Existem 40 laboratórios em rede com acesso ao Banco Nacional de Perfis Balísticos. Desde 2022, 272 peritos criminais foram capacitados para operar equipamentos no curso de protocolo de operação do sistema. 

Além disso, o Comitê Gestor do Sinab realiza reuniões ordinárias periódicas para tratar diversos assuntos. A última ocorreu nesta quinta-feira, 18/7, quando foram abordados temas como planejamento estratégico para 2025; capacitações; relatos das atividades de 2024; e cronograma de eventos.

 


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