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Dia do Teatro

Uma jornada de arte e desafios em Bagé

Arquivo pessoal imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Estreia de Sávio no palco com peça O Rapto da Princesa, em 1975

O Dia Nacional do Teatro, neste 19 de setembro, celebra uma das mais antigas manifestações artísticas da humanidade. Uma curiosidade: a palavra "teatro" vem do grego theaomai, que significa "olhar com atenção, perceber, contemplar". E, ao longo dos séculos, essa arte se transformou em uma poderosa ferramenta de expressão e reflexão social, inclusive em Bagé. 

  

Sávio Machado, diretor da Companhia de Comédias Bufões da Rainha, é um dos protagonistas da história do teatro local. Com quase 50 anos de carreira, ele iniciou sua trajetória no teatro escolar nos anos 1970, no Grupo Nossa Arte. "Os desafios foram inerentes à profissão de um artista interiorano, que inicia sua trajetória no palco da escola", comenta Sávio. Ele recorda que, mesmo com estruturas simples, o comprometimento de alunos, professores e pais sempre garantiu o sucesso das apresentações. 

  

Nos anos 1980, Sávio foi um dos responsáveis por promover o teatro comunitário em Bagé: trabalhou em bairros como Vila Operária, Dario Lassance e Seival. Além disso, foi chamado para integrar a equipe de oficineiros da Secretaria de Cultura do Estado, e levou o teatro para várias cidades do Rio Grande do Sul. 

  

Sávio explicou que a Companhia Bufões da Rainha, fundada nos anos 2000, teve uma proposta inicial baseada no teatro italiano. Quatro anos depois, a companhia se transformou, levando o teatro a lugares inusitados e focando em dramaturgias regionais, incluindo textos de autores locais. Hoje, Sávio celebra os 21 anos ininterruptos da companhia, marcada pela produção de eventos culturais que envolvem dança, música, teatro de bonecos e muito mais.  

  

"Espera cansativa" 

Sávio aponta a falta de um espaço adequado para as artes cênicas em Bagé como um dos principais obstáculos. "O maior desafio é a espera cansativa do reconhecimento e da valorização da cultura pelos gestores públicos, que têm responsabilidades sobre o que devem oferecer aos cidadãos nas áreas de educação cultural, entretenimento e lazer", pontua.  

 

A promessa de construir um Teatro Municipal esbarra, para ele, em questões políticas. Apesar disso, Sávio e sua companhia continuam a missão de promover o teatro, utilizando espaços como museus, escolas, praças e CTGs para realizar seus espetáculos. "Nossa produção não alterou em nada, seguimos firmes na proposta", conclui o diretor. 

 


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