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Questão patrimonial vira impasse na reforma da Igreja Auxiliadora

Divulgação/FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Telhado da paróquia precisa ser reformado

Um dos prédios mais conhecidos da cidade está em meio a um impasse. A Igreja Nossa Senhora Auxiliadora deve passar por uma reforma. No entanto, o prédio é tombado e a reforma pode acabar sendo inviabilizada.

Com a ação do tempo e grande fluxo de veículos no entorno do prédio, a estrutura sofreu alguns danos ao longo dos anos. O principal problema está no telhado do prédio, que está com muitas telhas quebradas, além das calhas que também estão danificadas. Isso acaba provocando diversas infiltrações no prédio, que já podem ser vistas a olho nu na parte interna da igreja, através de manchas escuras nas paredes.

O frei Juan Miguel Méndez, que é o administrador da paróquia, explicou que desde o início da movimentação em prol da reforma foi feito o contato com o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental do Município de Bagé (Compreb), já que se trata de um prédio tombado. A paróquia disponibilizou dois laudos técnicos elaborados por um arquiteto e urbanista e por um engenheiro civil para solicitar a autorização para a reforma.

De acordo com os laudos, aos quais o jornal Folha do Sul teve acesso, não é possível manter o telhado atual, que é composto por telhas francesas. "Manter o atual seria a continuidade das manutenções, causando um grande desconforto para a administração da paróquia, além das goteiras, infiltrações e gastos contínuos", traz trecho de um dos documentos.

A alternativa seria a utilização de telhas em aluzinco ou telha sintética Shingle, na mesma cor do atual telhado. Essas telhas trariam um custo menor para a obra. Caso fossem utilizadas as mesmas telhas francesas o valor da obra dobraria, inviabilizando o empreendimento. No entanto, o órgão responsável pelo patrimônio requer que sejam utilizadas as mesmas telhas, garantindo a preservação mais próxima ao original.

O frei demonstrou preocupação quanto às exigências. Enquanto a obra não é liberada, os estragos seguem tomando conta da estrutura. "Vamos deixar a igreja igual às ruínas de São Miguel? Se não for tomada uma decisão vai virar ruínas", lamentou.

Enquanto a resposta sobre a reforma não chega, a paróquia segue fazendo ações para reunir os cerca de R$ 200 mil necessários para a obra. A reportagem entrou em contato com a presidência do Compreb, porém havia uma reunião no Ministério Público, ao qual o órgão participava. Assim, a reportagem não obteve resposta até o fechamento desta edição.

 

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