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Janeiro Branco

Psicóloga aborda importância da saúde mental para todos

Reprodução/FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Profissional propõe reflexão sobre a quais pensamentos são dedicados tempo

Todos os meses do ano têm uma cor e remetem a um tema relevante. O primeiro é o Janeiro Branco, que destaca uma campanha sobre a importância da saúde mental. A reportagem conversou com a psicóloga Dilce Helena Alves Aguzzi, que afirmou que esse tipo de campanha pode impactar positivamente. "O saldo desse tipo de campanha tem sido positivo porque, cada vez que se abraça uma campanha dessas, como o Janeiro Branco, o Setembro Amarelo, e outras que não são da saúde mental, o número de divulgações, de entrevistas, de debates, acaba fazendo com que esse tipo de assunto, que nem sempre faz parte da pauta cotidiana das pessoas, vá sendo colocado nessa pauta", argumentou.

A profissional destacou que, neste período, muitas ideias importantes são trabalhadas, como qualidade de vida, cuidado com a saúde mental, autocuidado, fatores de stress - o quanto o stress pode acarretar numa dificuldade de qualidade de vida, o quanto impacta diretamente no adoecimento das pessoas, principalmente no adoecimento psíquico. "Questões como ansiedade e depressão, saber identificar, reconhecer quadros de dificuldade, de transtorno ou de adoecimento ou sofrimento mental, psíquico, e poder estar preparado para lidar com esses quadros", argumentou. "Não no sentido profissional, mas no sentido comunitário, familiar, saber ser uma presença que acolhe, não julga; saber ser uma presença que indica o caminho - como procurar, onde procurar. Saber tratar as pessoas e não julgar", ressalvou.

Em síntese, esse é um dos papéis mais relevantes desse tipo de mobilização: "Esse tipo de campanha tem muito a acrescentar na comunidade, principalmente nesse sentido da convivência pacífica, da convivência acolhedora, que não julga". São várias as orientações relevantes, como a de não fazer piadas com o sofrimento alheio, de não menosprezar, não ridicularizar o sofrimento do outro. "Porque é uma coisa bastante comum, muito cultural e que a cada campanha a gente bate bastante em cima disso e acreditamos que isso vá diminuindo, que aquela ideia de que, por exemplo, sofrimento psíquico é falta do que fazer, depressão é falta de motivação, é preguiça - ideias equivocadas -, vão sendo colocadas em cheque a cada campanha que a gente vai conseguindo trazer notoriedade, protagonismo da informação e tirando de cena a desinformação, o preconceito ", sustentou.

Além de acabar com estigmas, para a profissional, iniciativas como o Janeiro Branco trazem à tona, principalmente, a ideia de que saúde mental é algo que pode melhorar na vida de qualquer pessoa. "Merece atenção, merece cuidado, e todos - absolutamente todos - podemos melhorar a qualidade da nossa saúde mental. E isso impacta na vida de toda uma comunidade, de toda uma cidade, país, do mundo inteiro. Pessoas felizes não prejudicam os outros. Pessoas felizes estimulam outras pessoas a estarem bem. Pessoas plenas, pessoas que estão em paz e bem-estar consigo mesmas, tendem a ser pessoas agregadoras, pessoas que trabalham e auxiliam as outras", pontuou. "Quando a gente começa a investir em saúde mental a vida começa a melhorar", enfatizou.

Nessa linha, Dilce esclareceu que o Janeiro Branco remete justamente a isso: "Ao cuidado consigo mesmo e com as outras pessoas. Nos traz aquela ideia do cuidado com a mente, com o espaço mental, o cuidado com o nosso cenário mental, o que estamos fazendo da nossa mente", elucidou. E propôs uma reflexão: "A que ideias, a que espaço, a que pensamento estamos dedicando nosso tempo?". E ponderou que a ideia do Janeiro Branco propõe imaginar a mente como um tela em branco. "Onde a gente pode colocar ali, projetar nessa tela, as coisas que nos fazem bem, que nos estimulam positivamente, que nos instigam, que nos estimulam a produção e absorção dos neurotransmissores da qualidade de vida, do prazer, do bem-estar", enfatizou, ao lembrar que a campanha e tudo isso não se refere apenas às pessoas que estão passando por um cenário de dificuldade. "E sim qualquer pessoa. Porque qualquer pessoa pode melhorar esse cenário. A campanha é bastante democrática e aberta, e envolve a comunidade como um todo", reiterou.

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