O governo Lula editou um medida provisória que prevê a taxação dos fundos de "super-ricos". Em síntese, haverá uma tributação periódica, chamada de "come cotas". O objetivo é compensar a correção da tabela do imposto de renda, incluída na MP que reajusta o salário mínimo. O texto equipara as regras tributárias entre fundos exclusivos e abertos. Atualmente, os exclusivos só são taxados pelo Imposto de Renda quando são resgatados - a ideia é que passem a ser submetidos a uma tributação periódica pela alíquota de 15%. 

A reportagem do Folha do Sul perguntou aos leitores, nas redes sociais, qual a opinião deles sobre a taxação dos chamados super-ricos. Para Martín Lancastre Cordeiro essa é uma questão de justiça social: "Quem ganha mais deve pagar mais". Já Lucimara Torma argumentou: "Já está na hora de isso acontecer mesmo. Porque, na verdade, quem paga mais imposto é quem tem menos". Para ela, é muito mais justo que tem mais pagar mais. "Isso já devia estar acontecendo há muito tempo", acrescentou. 

Por outro lado, Sergei Monteiro Júnior sustentou que não sabe se isso é de fato positivo. "Em virtude dos investimentos. Países como Alemanha, França, Dinamarca e Itália, entre outros, perderam poder de investimentos na década de 90 e nos anos 2000 vide a mesma taxação", contextualizou. "Anos se passaram e entraram com fortes recessões e tiveram que dar um passo atrás novamente, tirando o imposto para voltar os investimentos", argumentou. Uma leitora questionou se isso valerá para os políticos ou apenas para o povo e outro rebateu que não há super-ricos "no meio do povo", como definiu. Vera Lucia Machado Brião sustentou: "Com certeza o que ganha mais tem que pagar mais impostos, não o que ganha menos".