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Lideranças falam o que esperam do novo governador

Reprodução/Internet imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Ranolfo Vieira Júnior assume o leme do governo gaúcho

Com a renúncia do governador Eduardo Leite, ascendeu ao cargo o vice, Ranolfo Vieira Junior, de 55 anos. Natural de Esteio, o novo governador do Rio Grande do Sul tomou posse ontem, no final da tarde, na Assembleia Legislativa. Depois, atravessou a rua e, no Palácio Piratini, recebeu o bastão de Eduardo Leite.

Servidor público há 31 anos, Ranolfo é formado em Direito com especialização em Gestão de Segurança na Sociedade Democrática. Ele ganhou notoriedade como delegado de polícia desde 1998.

Na política, concorreu a deputado estadual pelo PTB, mas não se elegeu. Foi professor da Ulbra e da Academia da Polícia Cívil (Acadepol). Comandou a Secretaria da Segurança Pública e Cidadania de Canoas e dirigiu o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) por seis anos. Entre 2011 e 2014 foi chefe de Polícia do Estado.

O salto mais alto foi quando se lançou a vice na chapa de Eduardo Leite. A chapa saiu vitoriosa e Ranolfo acumulou no governo o cargo de secretário da Segurança Pública. Essa é uma das pastas com resultados considerados mais expressivos do governo gaúcho.

Devido aos ataques do então presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, ao governo de Eduardo Leite na condução do combate a pandemia e também fala de teor homofóbico contra o mandatário gaúcho, Ranolfo deixou o PTB e se filiou ao PSDB.

O Folha do Sul ouviu lideranças de Bagé para saber o que esperam da gestão de Ranolfo Vieira Junior.

Atender os pequenos agricultores

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Milton Brasil, disse que o anseio é que o novo governador atenda, de forma imediata, as demandas da Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetag). Segundo ele, a maioria das reivindicações da agricultura e pecuária familiar estão pendentes. " Precisamos ter um olhar diferenciado para quem produz e coloca 70% da alimentação", falou.

Além disso, o sindicalista apontou como necessidade o reforço nas equipes de segurança que atuam no meio rural.

Continuidade de políticas

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Bagé (Aciba), Ricardo Souza, lembrou que Ranolfo é um experiente servidor público e com conhecimento de mais de 30 anos de carreira. "Acreditamos que as políticas que foram tratadas até agora com Eduardo sigam sendo cumpridas dentro do programado e estabelecido dentro cronograma. Creio que não haverá grandes mudanças. Não acreditamos que Ronolfo vá mudar as regras", pontuou.

Missão difícil

O Delegado Regional de Polícia, Luís Eduardo Benites, desejou sucesso ao novo governador pelos meses que tem pela frente na administração. "Ranolfo tem uma missão bastante difícil, que é administrar a questão financeira e orçamentária do Estado e, ao mesmo tempo, suprir as necessidades dos vários setores da sociedade", enfatizou.

Aberto ao diálogo

O presidente da Câmara de Vereadores, Augusto Lara (PTB), disse esperar que o novo governador dialogue com os municípios e, principalmente, com a Campanha, que segundo ele é uma região que precisa de uma atenção especial. O presidente do Legislativo espera que não seja só para resolver problemas, mas também para evitar que aconteçam.

O vereador mencionou que a região, por estar longe da capital gaúcha, tem um crescimento mais lento. Porém, frisou que é rica pela agricultura e pecuária e pela ascensão dos vinhedos. "Desejo sucesso ao governador e que ele possa ter um diálogo estreito com as gestões municipais e se possa fechar esse ano com resultados políticos para os prefeitos", sublinhou.

Estreita relação

O prefeito Divaldo Lara recordou a estreita relação que tem com Ranolfo, principalmente a ligação do novo governador com o ex- deputado Luís Augusto Lara, que trabalhou junto na construção da candidatura de vice na chapa de Eduardo Leite.

O prefeito espera continuidade do governo gaúcho em três projetos que são fundamentais, que são a pavimentação de um trecho da estrada Bagé/Lavras do Sul, o trabalho que vem sendo feito junto ao Instituto Geral de Perícias (IGP) para a construção do Centro Regional de Criminalística em Bagé - que já tem o dinheiro garantido, em torno de R$ 2 milhões e agora só falta a fase do processo licitatório. A outra obra é a rótula nas proximidades do Ginásio Presidente Médici (Militão), que liga as avenidas Angélica Jardim e a General Artigas. O município aguarda o repasse dos recursos para essa obra que é em torno de R$ 2 milhões. "A expectativa é que o governador dê prosseguimento a essas obras que Bagé habilitou junto ao governo do Estado", observou o prefeito.

Função do Estado

O presidente da Associação e Sindicato Rural de Bagé, Geraldo Brossad Corrêa de Mello, disse que espera que o Estado cumpra sua função na saúde, segurança, transporte e educação. Para o dirigente, essas são coisas básicas da sociedade e isso se espera de todos os governantes. "Os cidadãos tem seus deveres como contribuintes e o Estado não abre mão disso e há anos não cumpre com sua função na íntegra com o cidadão", resumiu o dirigente.

 

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