BAGÉ WEATHER

Hediondo

Idosas sofrem violência sexual em Bagé

Reprodução/DEAI Anápolis imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Mulheres são vítimas dos próprios familiares

O ano que está terminando foi de muito trabalho para a Coordenadoria da Mulher logo no início. A partir de agosto, a coordenadoria deixou de existir e foi criada a Secretaria Municipal de Politicas Pública para Mulheres.

O período da pandemia foi dramático para as mulheres vítimas de violência, com o aumento de casos, em Bagé. Para piorar, essa situação persistiu ao longo do ano. A titular da pasta, Cândida Navarro, relatou que muitos desses casos envolvem mulheres idosas, que além de terem sido vítimas de violência patrimonial, física, foram vítima de abuso sexual por parte dos próprios familiares.

Cândida explicou que, quando chega um caso de violência contra a mulher idosa, ela encaminha a situação para o Centro do Idoso. Mas a secretaria, por meio de acompanhamento jurídico, continua prestando serviço - levando em consideração a questão do aspecto psicológico e pelo fato de serem mulheres. "A violência doméstica não é só praticada por companheiros ou ex-companheiros, ela também é praticada por algum familiar que tem uma relação de afeto e habita muitas vezes o mesmo local em que a vítima reside", observou Cândida.

Sem efeito

Ao longo deste ano, foram lançadas várias campanhas de combate a violência contra a mulher. Porém, não surtiram o efeito desejado, como, por exemplo, a campanha da Máscara Roxa e o X vermelho na palma da mão. Ao ser questionada se a violência contra a mulher teve um aumento, Cândida disse que houve elevação de 50% no atendimentos dessas vítimas na secretaria . "Durante os dois anos primeiros anos da pandemia e este que está terminando, nós tivemos muita dificuldade para lidar com os conflitos. Estamos vivendo um momento onde as pessoas não conseguem dialogar, não conseguem aceitar o contraditório, não entendem as diferenças durante a relação", pontuou.

Braço decepado

Ao ser indagada sobre a capacidade da casa de acolhimento de mulheres vítimas de violência, a secretária explicou que até o início de dezembro o imóvel estava com capacidade máxima, que são 10 vagas. Agora, está com cinco mulheres de Bagé e duas de outras cidades. Segundo ela, recentemente, foram encaminhadas duas mulheres que estavam sofrendo ameaças graves e correndo risco de morte. Ambas foram levadas para abrigos fora de Bagé.

Cândida disse que a maioria das vítimas sofrem esse tipo de ameaça quando se envolvem com homens que são ligadas ao tráfico de drogas. "Recentemente, atendemos um caso em que uma mulher quase teve o braço decepado pelo companheiro que tentou lhe agredir com um facão", comentou.

De acordo com a secretária, para o ano de 2023, o principal projeto será o fomento econômico, levando em conta a renda dessas mulheres, com o objetivo de prepará-las para o mercado de trabalho - de acordo com o perfil de Bagé.


Lideranças de expressam sobre o Natal Anterior

Lideranças de expressam sobre o Natal

Operação Verão Ecosul começa nesta sexta-feira Próximo

Operação Verão Ecosul começa nesta sexta-feira

Deixe seu comentário