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Saúde animal

Fevereiro roxo incentiva cuidado com animais idosos

Reprodução FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Vale adaptar a casa para uma melhor qualidade de vida dos bichinhos

O mês é dedicado à prevenção de doenças em animais idosos. Neste Fevereiro roxo, a reportagem conversou com a veterinária Juliana Flôres sobre a importância do cuidado com os bichinhos com idades mais avançadas. Ela ressalvou que os animais idosos, assim como os humanos, têm diversos problemas em decorrência da idade, e necessitam de atenção e cuidado especial. "A vida dos pets não é tão longa quanto a nossa, então, a partir de seus sete anos de vida, já são considerados idosos", elucidou.

É claro que algumas características devem ser levadas em consideração. A profissional lembrou que a estimativa de vida dos cães de pequeno porte é de, em média, 18 anos, já os de grande porte podem viver 15 anos. Gatos domiciliados (ou seja, aqueles que não têm acesso à rua) podem viver até 20 anos. Questionada sobre quais os principais cuidados com os bichinhos quando eles atingem o status de idosos, Juliana enfatizou que é preciso toda atenção à alimentação, que deve ser especial.

Por exemplo, a partir da idade certa, os tutores podem passar a oferecer uma ração com classificação sênior. "Essa vai ajudar no controle do peso, e nas articulações, pois é um dos principais problemas a acometer eles nessa fase da vida", justificou a veterinária. Algumas atitudes também são determinantes para a qualidade de vida dos bichinhos idosos. "Mantê-los sempre com as vacinas e antiparasitários em dia, ainda mais no verão, quando a incidência é grande", exemplificou.

E vale estar atento ao bem-estar deles e, assim, adaptar tudo para que os hábitos dos bichinhos não sejam prejudicados. "Camas e caixas de areia, no caso dos gatinhos, devem ser baixas e de fácil acesso, pois isso pode ser um fator impeditivo para realizar as suas necessidades, pois as articulações começam a doer. Pratos elevados são fundamentais para a boa postura da coluna", sustentou. Vale ainda atentar à saúde bucal dos pets velhinhos. "É bom revisar periodicamente os dentes do pet, pois os tártaros começam a se formar e dificultam a alimentação", argumentou Juliana.

É importante mencionar, também, algumas doenças que são bem características dessa fase. Um exemplo é o Alzheimer. "Não é só os humanos que sofrem de Alzheimer, os cães também podem desenvolver o Alzheimer canino ou disfunção cognitiva, assim chamada, e os sintomas são bem parecidos", explicou a veterinária. "Os animais ficam desorientados, começam a perambular pela casa à noite, uivam ou latem sem motivo", acrescentou. Juliana aconselhou que, se isso acontecer, o indicado é procurar atendimento de um médico veterinário.

Visão e audição também tendem a requerer mais atenção. "Não vamos também esquecer que, com a idade, a visão e audição são afetadas, o que dificulta as atividades do dia a dia, até mesmo da alimentação. Por isso é muito importante deixar sempre os pertences no mesmo local para eles se localizarem", alertou. Juliana enfatizou que diversas coisas podem ser feitas para um melhor envelhecimento, e uma delas é a adaptação da casa.

Rampas de acesso para os animais não pularem e, consequentemente, não lesionarem a coluna, são boas opções. Também vale recorrer aos brinquedos para estimular a cabeça deles. Passeios são ótimos para o fortalecimento muscular, além das terapias complementares, como acupuntura e fisioterapia, que, segundo enfatizou, irão fortalecer e auxiliar nas dores musculares e articulações. É importante mencionar, ainda, que as visitas ao veterinário devem ser frequentes. "Os exames de check-up são importantes a cada seis meses", defendeu.

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