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Pandemia

Falta de uso de máscaras e aglomeração geram críticas a evento

Niela Bittencourt imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Maior parte do público era formado por jovens


s imagens da sétima edição do Festival de Cervejas da Campanha, que aconteceu no final de semana, no largo do Centro Administrativo, foram alvo de muitas críticas por parte dos leitores do jornal Folha do Sul na internet. Isso porque, nas fotografias da primeira noite do evento, muitas pessoas estavam sem máscaras, o que ainda é exigido pelos protocolos do governo do Estado. Aliás, consta que está entre os protocolos gerais obrigatórios, em qualquer lugar, o uso de máscara, bem ajustada e cobrindo boca e nariz. Além disso, também integra a lista de protocolos obrigatórios o distanciamento, que não deve ser menor que um metro. A maior parte do público do festival era formado por jovens. E vale lembrar que, segundo o Estado, metade dos adultos entre 18 e 29 anos não tomou a segunda dose da vacina no Rio Grande do Sul.

Entre os comentários dos internautas no perfil do Folha estavam frases como "Festival da covid-19" e "Covid agradece! Parabéns aos envolvidos". Outro destacou: "Pelo nível de uso de máscaras, vai ser mais um festival de covid-19 de sucesso". Uma leitora desabafou sobre a insegurança que sentiu ao passar pelo local: "Passei por ali pra dar uma volta, mas não deu pra ficar, não me senti segura, era muita gente e realmente uns 95% das pessoas sem máscara, tanto ali quanto em toda praça, me senti um ET com a minha. As coisas melhoraram um pouco com o avanço da vacina, dá pra andar sem máscara numa rua vazia, dá pra ficar sem máscara num canto isolado de uma praça, mas acho que o povo ainda deveria se cuidar melhor, beber sua cerveja e colocar a máscara pra ficar ali curtindo um som. Ninguém aguenta mais estar preso, mas precisamos sair com o mínimo de noção e segurança. Mas a maioria não faz isso, infelizmente. É rezar pra que tudo não piore novamente".

De 27 para 82 casos ativos

A fala da leitora vai ao encontro do que tem sido observado nas últimas semanas, com a crescente no número de casos ativos oficiais na Rainha da Fronteira. De acordo com o último boletim divulgado pela Prefeitura, na noite de segunda-feira, Bagé tinha 82 pessoas em isolamento domiciliar com confirmação de coronavírus e seis pessoas internadas em leitos clínicos - cinco na Santa Casa e uma no Hospital Universitário, todas da cidade. A notícia boa é que não havia, até o feriado, pessoas internadas na UTI da Santa Casa. Vale mencionar, porém, que, há um mês, no dia 15 de outubro, Bagé tinha apenas 27 pessoas em isolamento domiciliar e três internados em leitos clínicos. O posicionamento dos leitores fez referência, ainda, ao que tem sido amplamente divulgado: uma quarta onda na Europa. Munique, na Alemanha, cancelou festividades natalinas devido a onda de contágios.

Por outro lado, Bagé divulga amplamente suas taxas bem sucedidas de vacinação. Segundo a Secretaria de Saúde, 100% do público-alvo (pessoas com mais de 18 anos) já está vacinado. Porém, a pasta também divulga amplamente que a pandemia ainda não acabou. Antes do feriadão,um dia antes do início do festival, na página da Secretaria de Saúde no Facebook, um texto abordou justamente isso. "Use máscara e mantenha sempre a higienização das mãos com álcool em gel, resguardando assim a sua vida, a de seus amigos e familiares", pontuou a publicação, que ainda apelou para que a população procure pela segunda dose da vacina e pela terceira (caso a pessoa já possa receber o reforço).

"Chances mínimas"

Sobre a situação observada no festival, o secretário de Saúde e Atenção à Pessoa com Deficiência, Michelon Apoitia, destacou que, em algumas cidades do Rio Grande do Sul, o uso obrigatório do acessório em locais abertos já caiu. Citou Porto Alegre. Porém, admitiu que Bagé não entrou com o recurso para derrubar a obrigatoriedade porque a equipe quer manter o controle da pandemia e que existe uma cautela quanto a isso. Inclusive, ao ser questionado se, diante das críticas à realização de eventos como o festival (admitiu que foi um "caminhão" de críticas), pretende, agora, ingressar com tal recurso, afirmou que possivelmente não, porém elucidou que não conversou com o prefeito Divaldo Lara sobre isso.

O titular da pasta ainda reiterou que Bagé tem 100% do público-alvo vacinado e que é justamente pela estratégia bem sucedida de vacinação que está em um momento confortável na pandemia. Citou a descentralização da vacinação, que tem levado as doses até as escolas, local onde jovens (de 12 a 17 anos) e adultos podem garantir a imunização. E enfatizou que a campanha para que a população busque pela segunda dose tem sido intensa, inclusive com busca ativa. Ele admitiu que é difícil controlar o uso de máscara em locais abertos o tempo todo, e sustentou que o festival foi muito importante para os trabalhadores envolvidos (pessoas foram bastante impactados pela pandemia). Assim, mencionou que o público precisa sempre ter consciência.

A reportagem também questionou se as chances de contaminação pelo coronavírus no local do evento existiram, já que ele mencionou que a ampla vacinação em Bagé tem diminuído a circulação do vírus: o secretário enfatizou que eram mínimas e exemplificou que há estádios de futebol com um público de 15 mil pessoas e até mais, onde não são utilizadas máscaras pela maioria. Por fim, Apoitia voltou a defender a necessidade de que a população procure pela segunda dose da vacina e fez referência a quarta onda de covid-19 na Europa, onde parte da população não garantiu uma imunização capaz de conter um novo avanço do coronavírus.

 

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