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Literatura

Escritores opinam sobre criação de diretoria do livro

Reprodução/FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Preço do papel e incentivos foram destacados

O decreto que recria o Ministério da Cultura, também prevê a Secretaria de Formação, Livro e Leitura com duas diretorias - a de Educação e Formação Artística e a do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas. De acordo com publicação no Diário Oficial da União, o objetivo é a democratização do acesso ao livro, à leitura e à literatura, com ações, projetos e programas, conforme o Plano Nacional do Livro e Leitura.


Especificamente a diretoria de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, em uma articulação com os ministérios da Cultura e da Educação, deverá fomentar ações e projetos sociais de leitura e de fortalecimento da cadeia mediadora da leitura; "promover a literatura brasileira e fomentar os processos de criação, difusão, circulação e intercâmbio literário em território nacional e no exterior"; entre outras atribuições.


A reportagem conversou com autores bageenses sobre a expectativa diante dessas novidades. Gladis Deble enfatizou que sua expectativa, como escritora, é a melhor. Ela, que também é educadora, ressalvou que a categoria, no Estado, nunca recebeu o piso nacional dos professores. "Alguns direitos ficaram para trás e vamos levando a vida da maneira que é possível. Quando a cultura é contemplada e seus segmentos, como a literatura, ocupam um lugar de honra, sempre é momento de comemorarmos", pontuou. 


Gladis opinou que um país continental como o Brasil tem que investir na Educação. "Acreditamos que o livro trará uma abertura de caminhos e a esperança e as expectativas são enormes. Espero que façam um bom trabalho", sustentou. 


O escritor Rodrigo Tavares, que é um dos organizadores do FestFronteira Literária, ressalvou que, para opinar, ainda precisa de mais informações dos projetos que eles (a secretária e a diretoria) pretendem fazer. "Mas torcendo que tenhamos incentivos fiscais para o preço do papel baixar novamente, uma política de incentivo à leitura pelos jovens e, ainda, novas bolsas de incentivo à tradução", ponderou. 


O escritor lembrou que os latinos são best-sellers no mundo inteiro. "Porém, em língua portuguesa estamos perdendo o momento por falta de traduções de contemporâneos", disse. Tavares mencionou que a literatura é sempre muito falada em alguns momentos do ano, mas o setor público cultural em geral "menospreza os escritores e eventos literários". 


Ele justificou tal fala: "Gastam verbas com bandas de música nas feiras literárias, por exemplo, enquanto escritores não têm nem ajuda de custo. Milhões de reais investidos em shows e filmes e migalhas na formação e distribuição de livros". Para ele, há muito trabalho para mudar a realidade. "Será um trabalho árduo pela frente e não temos um bom histórico, seja da gestão anterior que for", sustentou.

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