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Pandemia

É preciso manter cuidados e fazer segunda dose

Márcia Sousa imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Necchi sustentou que vitória só ocorrerá com avanço da imunização

Com o avanço da vacinação, as estatísticas da pandemia no Estado representam esperança após quase um ano e meio da chegada do coronavírus ao Rio Grande do Sul. Ontem, o município estendeu a imunização para pessoas sem comorbidades com 28 anos ou mais. No sábado, quando a faixa etária liberada foi de 29 anos, mais de 2,5 mil doses foram aplicadas. Nas redes sociais, fotografias compartilhadas do momento da vacinação são sinônimo de alegria para muitos que aguardam sua vez.

Por outro lado, é nas redes que muitos compartilham fotografias de aglomerações. O secretário-adjunto da Saúde, o médico Ricardo Necchi, alerta, porém, que este não é o momento de relaxar. É preciso seguir os protocolos. Isso pelo menos até que 50% da população tenha recebido a primeira e a segunda dose da vacina contra a covid-19. Apenas neste momento será possível pensar em afrouxar as restrições, segundo o profissional.

"Nós temos que manter todos os cuidados do distanciamento social até vacinar com as duas doses mais de 50% da população. Aí que a gente vai ter uma condição de começar a relaxar o distanciamento social. Antes disso, é muito temerário", argumentou o médico. O alerta é, sobretudo, para aqueles que pensam que estão protegidos após a primeira dose da vacina. "Tem pessoas que fizeram a primeira dose da vacina, pegaram a doença e estão na UTI e outros que até mesmo faleceram", pontuou. "A pessoa só vai estar completamente imunizada depois da segunda dose; e 20 dias após a segunda dose feita", ressalvou.

Para aqueles que tomaram a primeira dose e já estão aptos a completarem a imunização com a segunda, o pedido é que procurem pelo ponto de vacinação. "Quero chamar todas as pessoas que estão com a segunda dose atrasada para completarem seus esquemas de imunização. Tem muitas pessoas que não completaram, que fizeram a primeira e não foram fazer a segunda. Isso é muito ruim, porque essa pessoa não está completamente protegida. Só ficará protegida com as duas doses da vacina", enfatizou.

Nessa segunda-feira, a Secretaria de Saúde e Atenção à Pessoa com Deficiência fez um alerta por meio da página da prefeitura no Facebook: "Não é permitido escolher imunizantes! Todas as vacinas são seguras e testadas!". Sobre essa prática de querer escolher qual imunizante tomar, o secretário-adjunto garantiu: "Não temos essa possibilidade". Ele explicou que, conforme as vacinas estão chegando, estão sendo aplicadas. Apenas algumas doses são reservadas para gestantes, para as quais não são indicadas todas as vacinas.

Para a população em geral não há motivo para escolher vacina, segundo destacou o profissional. "A gente dá a vacina que tem à disposição", sustentou, ao mencionar que todas as vacinas têm seus fatores de proteção já testados. "As pessoas têm que fazer a vacina. Mesmo que tenha tido reação na primeira, não significa que vai ter a mesma na segunda. Pode não ter reação, depende muito do momento imunológico que a pessoa está. E é muito melhor ter uma reação à vacina do que ter a doença", completou.

É claro que o médico também comemorou os bons números decorrentes do avanço da vacinação. "Nós estamos em um momento excelente. A quantidade de internações baixou significativamente, tanto nos leitos clínicos quanto nos de UTI. Estou realmente muito esperançoso que essa doença finalmente esteja chegando ao fim", mencionou. Com o avanço da vacinação e com mais pessoas completando sua imunização, quase dois anos depois, ele acrescentou: "Teremos uma grande vitória". Ele finalizou que, para isso, não há outro caminho: "Temos que insistir é que as pessoas façam a segunda dose da vacina. As pessoas não estão completando seus esquemas de vacinação e isso é muito importante. Sem a segunda dose, elas não estão protegidas".


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