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Admiração

Dom Cleonir fala sobre o cardeal que inspirou o nome do Papa

Reprodução/Internet imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Brasileiro ao lado do pontífice, quando este foi anunciado ao mundo

Aos 87 anos, morreu, ontem, um dos religiosos mais notórios da Igreja Católica, o cardeal gaúcho Cláudio Hummes. O religioso era arcebispo emérito de São Paulo e prefeito emérito da Congregação para o Clero. Natural de Montenegro, o cardeal é admirado por colegas do clero, como o bispo de Bagé, Dom Cleonir Paulo Dalbosco.

Da Princesa do Sul, onde participava de um encontro do Clero da Província Eclesiástica de Pelotas (Diocese de Bagé, Rio Grande do Sul e Pelotas), Dom Cleonir falou sobre a morte de Hummes. "Tinha uma admiração muito grande pelo que ele representou para a Igreja e a sociedade, pela doação e entrega de vida à Igreja e aos pobres", falou.

Dom Cleonir contou que o cardeal brasileiro era uma pessoa de extrema confiança do Papa Francisco. Lembrou que quando o argentino foi escolhi pontífice, Dom Cláudio Hummes estava ao lado do papa e foi quem o inspirou a colocar o nome de Francisco.

Em 2013, quando o novo Papa, o primeiro latino-americano, apareceu na janela para o mundo, ao lado dele estava, sorrindo, o cardeal gaúcho. Inclusive, Hummes foi cotado para ser Papa.

Dom Cleonir comentou que o cardeal foi escolhido pelo Papa para ser o coordenador do Sínodo da Amazônia. "Ele deixa um legado muito grande para toda Igreja. Foi um referencial de humanismo muito grande e muito sábio dentro da caminhada e da missão que ele exerceu", complementou o bispo de Bagé.

Trajetória

O cardeal Cláudio Hummes, franciscano da Ordem dos Frades Menores, nasceu no município de Montenegro em 8 de agosto de 1934. Ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1º de fevereiro de 1952, onde emitiu os primeiros votos no dia 2 de fevereiro de 1953 e professou solenemente no dia 2 de fevereiro de 1956, quando então mudou seu nome para "Cláudio".

Foi ordenado padre no dia 3 de agosto de 1958. Em seguida, enviado a Roma, onde fez doutorado em filosofia na Universidade Antonianum, em 1963. Também especializou-se em Ecumenismo pelo Instituto Ecumênico de Bossey, de Genebra, Suíça.

De volta ao Brasil, foi professor de Filosofia na Escola de Filosofia da O.F.M. e na Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre. De 1968 a 1972, foi diretor da Faculdade de Filosofia de Viamão. De 1972 a 1975, foi Superior Provincial dos Franciscanos.

Em 22 de março de 1975, foi eleito bispo coadjutor de Santo André (SP), com direito à sucessão. Em 25 de maio de 1975, aos 40 anos de idade, recebeu a ordenação episcopal, na Catedral de Porto Alegre, sendo sagrante principal o cardeal Aloísio Lorscheider. No mesmo ano, assumiu como bispo titular, onde permaneceu por 21 anos.

Em 29 de maio de 1996, foi nomeado arcebispo de Fortaleza (CE) e, em 15 de abril de 1998, foi transferido para a Sé de São Paulo, tomando posse em 23 de maio. Em 2001, foi criado cardeal pelo Papa João Paulo II, permanecendo ainda como arcebispo de São Paulo até 2006, quando então foi chamado para Roma para ocupar o cargo de Prefeito da Congregação para o Clero, onde permaneceu até ser substituído por limite de idade, no final de 2010.

Novamente de volta ao Brasil, foi nomeado presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cargo que exerceu até março de 2022. Em 2014, ajudou a criar a Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam), da qual foi o primeiro presidente. Foi relator-geral do Sínodo para a Amazônia, em 2019, e, de julho de 2020 a março de 2022, presidiu a recém-criada Conferência Eclesial da Amazônia (Ceama).


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