O patrono da Feira do Livro, que começa amanhã, Severino Rudes Moreira, 68 anos, concedeu entrevista na redação do jornal Folha do Sul. Pilchado, ele falou sobre sua trajetória no mundo das letras e da arte. Com apenas o sétimo ano primário, tem intimidade com a literatura e experiência com publicações de obras e nos jornais.

Ele relatou que recebeu a informação por telefone de que seu nome tinha sido escolhido por unanimidade para ser o novo patrono da Feira do Livro de Bagé. "Eu quero chegar cedo e serei um peão na feira", disse.

Natural de Santana do Livramento, Moreira lembrou que, desde criança, trabalhou ao lado do pai e dos irmãos no cabo da enxada. Ao recordar a lida dura no campo, pontuou que a função de um patrono nada mais é do que uma homenagem ao trabalho que hoje desenvolve no mundo das letras. E assegurou que estará na feira de braços abertos, esperando a todos, com a simplicidade que, segundo ele, é a marca de sua vida. "Eu quero levar para a feira do livro a simplicidade de uma pessoa do campo", falou.

Moreira tem cinco livros de causos gauchescos e várias composições que fizeram parte de vários festivais nativistas do Rio Grande do Sul. Ele comentou que, hoje, repassa para os mais jovens tudo que aprendeu. O escritor salientou que, em anos anteriores, já tinha tido o nome cotado para patrono da feira, mas, como morava em Candiota, não achou justo ser escolhido, por não ter o tempo necessário para se dedicar ao evento. "Porque não é justo assumir um compromisso de um evento da grandeza da feira e não fazer um trabalho bem feito", assegurou.