As celebrações da Semana Santa são marcadas pelas tradições populares e pela fé no Cristo Ressuscitado. Desde o Domingo de Ramos, com a tradicional procissão dos ramos, até a celebração da Páscoa, diversas são as manifestações da religiosidade popular que ajudam a vivenciar o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição. 

Hoje, a Diocese de Bagé realiza a missa de renovação das promessas sacerdotais na Catedral São Sebastião às 10h. A missa será presidida pelo bispo dom Frei Cleonir Paulo Dalbosco. Depois de dois anos sem a presença de todos os padres da diocese, em razão da pandemia, desta vez a celebração eucarística terá a participação dos cerca de 30 sacerdotes.

Nesta celebração o bispo, rodeado pelos padres concelebrantes, os quais renovam o que prometeram na ordenação sacerdotal, abençoa o óleo da unção dos enfermos (usado para ungir idosos e doentes), o óleo dos catecúmenos (usado no Batismo) e o óleo do santo crisma (usado pelos no Crisma, nas ordenações de bispos e de padres, na consagração de igrejas e altares).

De acordo com o Pontifical Romano, essa missa é considerada uma das principais manifestações da plenitude do sacerdócio do bispo e sinal da íntima união dos padres com ele.

A origem

A origem do uso dos óleos nos sacramentos é bíblica, com referências a cada um deles na tradição e no magistério da Igreja. Antes do Concílio Vaticano II, o óleo usado nos sacramentos devia ser exclusivamente o azeite de oliveira. Mas, considerando a dificuldade de se conseguir a matéria prima em algumas localidades, o Papa Paulo VI ouviu o pedido de numerosos bispos e permitiu a adoção de outro tipo de óleo, "o qual, todavia, deve ser extraído de plantas, enquanto é mais semelhante à matéria designada na Sagrada Escritura", segundo definiu na Constituição Apostólica Sacram Unctionem Infirmorum - sobre o Sacramento da Unção dos Enfermos.

A reforma litúrgica do Vaticano II, portanto, manteve uma antiga cerimônia e acrescentou o rito da Renovação das Promessas Sacerdotais, que antecede a Bênção dos Óleos e a Confecção do Crisma.