O segundo Levantamento de Índice Rápido do ano começou nesta semana. O Lira busca verificar a situação da infestação de mosquito da dengue na cidade. No primeiro Lira, concluído em fevereiro, de acordo com informações repassadas pela Vigilância à reportagem, na ocasião, foram visitados 1 746 imóveis do município. Desse montante, 5,3% tinham focos do mosquito da dengue. Ou seja, foram encontradas larvas do aedes aegypti em cerca de 40 imóveis. O secretário-geral de Governo, Geraldo Gomes, informou que, nesta nova edição, serão visitados cerca de três mil imóveis. O trabalho começou na segunda-feira, dia 15 de maio, e vai até o dia 5 de junho. São mais de 20 agentes de combate envolvidos em tal atuação.

"A gente notou uma diminuição no número de criadouros (do mosquito). Estamos pegando menos. Só temos que ver se são positivos ou não - não foram para o laboratório ainda essas larvas, não foram analisadas", comentou. Ele afirmou que há expectativa de que o montante de larvas tenha diminuído, porém enfatizou que a população não deve relaxar mesmo que isso se confirme.

Vale mencionar que, no ano passado, no primeiro período, foram identificados focos do mosquito em 13,2% dos imóveis visitados - em cerca de 132 imóveis havia larvas do mosquito. Ao comparar o mesmo período dos dois anos, foi possível afirmar, segundo os números da Vigilância, que, neste início do ano de 2023, houve uma redução de 7,9% dos focos de mosquito de aedes aegypti no Levantamento de Índice Rápido.

É importante lembrar que são quatro ciclos do Lira por ano. Em reportagens do início deste ano, Gomes explicou que o levantamento dos imóveis ocorre em um curto espaço de tempo e os quarteirões que são verificados são sorteados. Isso para que seja possível apontar uma estimativa do índice de infestação. As zonas da cidade são repassadas para a Vigilância pela Sétima Coordenadoria de Saúde.

No Estado
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde confirmou nessa quinta-feira mais um óbito por dengue no Rio Grande do Sul. Trata-se de uma idosa de 95 anos, com comorbidades, moradora de Ibirubá. Já são 32 óbitos confirmados. O Estado registra, até então, 15 477 casos confirmados da doença. Do montante total, 14 177 são autóctones, ou seja, o contágio aconteceu dentro do RS, e os outros são considerados importados (moradores do Estado foram infectados em viagem a outro local). Em 2022, foram mais de 57 mil casos autóctones e outros 11 mil casos importados - o maior número já registrado. Além disso, 66 pessoas morreram em decorrência da doença.