Com 69 anos de atuação, o Clube de Tiro e Caça de Bagé está com novo presidente. Assumiu o comando do órgão o produtor rural Juliano Fagundes do Couto. Ele foi eleito recentemente para presidir o clube no biênio 2023/2025. O gestor já foi presidente há 10 anos e depois participou de outras diretorias como vice-presidente.
Couto contou que atualmente o Clube de Tiro e Caça conta com aproximadamente 800 sócios. Porém, nem todos são competidores. “Temos um ranking de competições e todo o final de semana tem provas para participar desse ranking”, disse.

Além disso, segundo o novo presidente, há aqueles que participam de alguma prova eventual ou fazem algum treinamento e não participam da prova. Há os caçadores que precisam ser filiados a uma entidade esportiva de caça e muitos simpatizantes que fazem parte do quadro social.

Couto explica que a primeira coisa para que a pessoa possa competir em provas de tiro é ser filiado a uma entidade esportiva e tirar o certificado de registro, que é a habilitação como atirador. “Isso demanda idoneidade. O atleta não pode ter nenhuma pendência criminal. É impossível uma pessoa com ficha suja conseguir tirar um certificado de registro”, enfatizou.

Armamento restrito
Perguntado sobre as mudanças feitas pelo Ministério da Justiça sobre o controle de armas de fogo em relação aos clubes de tiro, Couto respondeu que essa decisão é péssima para o esporte. Segundo ele, essa medida limitou a quantidade de munição para 600 tiros por ano. “É uma forma de tentar matar o esporte. Acabou dificultando muito e cancelou a concessão de novos certificados de registros”, pontuou.
O presidente comentou que hoje, para quem quiser ser atirador, está suspensa a emissão de novos registros até sair uma nova legislação.

A reportagem indagou se o Clube de Tiro e Caça de Bagé precisou se reinventar após as mudanças feitas pelo atual governo federal. Couto falou que nesse primeiro momento não. Porém, diz que notou uma desmotivação por parte de atiradores. Acrescentou que a dificuldade em conseguir a munição provoca uma diminuição no número de atletas.

Couto ressaltou que, hoje, para um caçador, também é necessário ter o certificado de registro e existem três categorias que são: caçador, atirador e colecionador que são os (CAC). “Eu posso ter os três e tu pode ser apenas caçador e te cadastrar junto ao Exército para fazer o controle da fauna exótica que é o Javali, que é a única caça liberada no Brasil”, disse.