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Aumenta abandono de animais na praça da Estação

Divulgação FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Cachorros vão até o escritório do advogado para se refrescar

Moradores do entorno da praça da Estação relatam que houve um aumento no abandono de animais. Isso tem ocorrido já há algum tempo e pode ter sido motivado pelo fato de que muitos cuidam dos cães, seja na praça ou em suas casas e escritórios. Os cachorros da praça já são velhos conhecidos dos bageenses e são considerados comunitários. Eles têm casinhas por ali. Porém, o aparecimento de mais animais preocupa os moradores, que temem, é claro, pela saúde e bem-estar dos bichinhos.

O advogado Roberto Hecht Júnior é uma das pessoas que cuida dos animais. "O pessoal abandona muito os cachorros aqui. Tem o lado da praça onde estão os cachorrinhos mais velhos, que têm aquelas casinhas, os potezinhos, que a gente lava, põe água. São cachorros bem mais velhos. Do outro lado, também tem vários cachorros, só não tão velhos", contextualiza. "O pessoal tem largado. Semana retrasada, largaram um cachorrinho novinho, deficiente visual. A gente mandou castrar, deu problema na castração, tivemos que ir em outro veterinário, e isso causa despesa. Isso porque a gente não deixa eles ficarem assim, abandonados", prossegue.

Para o advogado é justamente todo esse cuidado que tem motivado as pessoas a abandonarem os animais no local. "Como o pessoal sabe que a gente cuida desses animaizinhos aqui, acabam largando os cachorrinhos aqui na praça. Às vezes, sem castração. Enfim, a gente fica com pena e acaba cuidando. Só que, claro, a praça não é o lugar para eles", opina. Hecht defende que os cães deveriam estar em um abrigo, e todos têm que estar castrados, vermifugados.

Inclusive, o advogado mencionou que a filha, Roberta, tem aplicado remédio nos animais do local para evitar a proliferação de carrapatos. Os dois estão entre as pessoas que limpam diariamente o espaço dos bichinhos - isso é preciso, também porque há muitas pombas no local. "Agora, a hora que baixar o sol (ontem), eu vou colocar 'remédio' para carrapato. Comprei uma maquinazinha para colocar ali na volta, onde eles ficam mais. Está bem complicada a situação de Bagé, um descaso", diz, ao mencionar que, em toda cidade, é possível ver um aumento de animais abandonados. "Enquanto não houver castração, cada vez mais vai aumentar a população desses animais de rua. E o pessoal solta mesmo, solta os bichinhos com maus-tratos, com bicheira. A gente tem feito o possível aqui. Não está fácil", pondera.

O abandono não é apenas de cães. Segundo relata o advogado, há alguns dias, gatinhos foram deixados nas proximidades. "A Roberta cuidou deles. Estão apartamento. Agora um outro, que é deficiente, o Mimi, que ela colocou o nome de Minhoca, ficou dois anos preso numa gaiola, e ela adotou o gatinho. Está ali pelo estúdio (Roberta Hecht é fotógrafa) e já deu para ele toda a medicação", comenta. Hecht menciona que há vários ali no entorno que cuidados desses abandonados, mas que são poucos comparado a demanda.

"Nós somos poucos pra cuidar desses bichinhos: me dó o coração, eu não consigo ver os animaizinhos assim, abandonados", diz. Na casa dele, já são quatro, fora os que acabam indo para lá para tratamento. Ele relata que há um vizinho do escritório que coloca os cães para dentro de casa e outra senhora que ajuda na alimentação. "Mas os bichinhos ficam ali a própria sorte. Podem ser atropelados, judiados. Não é o lugar deles. É uma praça pública, que poderia ter um, dois cachorrinhos, mas não 10 como tem aqui. Está bem complicada a situação", finaliza.

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