Com a chegada da primavera, ano após ano, também vem a notícia de mamães gambás mortas e filhotes resgatados, que passam a lutar pela vida com a ajuda de protetores, pessoas que dedicam tempo e adaptam suas rotinas para garantir uma nova chance para os bichinhos viverem na natureza. 

A presidente Núcleo Bageense de Proteção aos Animais, Patrícia Coradini, acolheu sete filhotinhos de gambá. A mãe deles foi atacada por cães e resgatada. "E os bebês estavam dentro da bolsa (marsupial)", relatou. Ela tem se dedicado a manter os bichinhos sempre aquecidos. "Alimento com o leite que preparamos para eles. Damos de seringa com uma ponta alongada", relatou, sobre a rotina.

Em outros resgates, ela chegou a mencionar à reportagem que bebês gambás precisavam ser alimentados de duas em duas horas. E essa deve ser a rotina até que eles possam se alimentar sozinhos e voltar para a natureza. Toda experiência de Patrícia com esses hóspedes, infelizmente, é consequente do fato de que eles são recorrentes na casa da. Por isso, vale o alerta: acontece que nem sempre os gambás são atacados por cães, mas - muitas vezes - também por humanos.

O alerta é válido sobretudo nesta época porque as gambás costumam vagar em busca de alimentos. Geralmente, de setembro a março, elas carregam seus filhotes. Patrícia lembrou que os gambás são animais inofensivos e ainda destacou a importância deles: "Fazem um controle de pragas, como carrapatos, por exemplo, que eles comem. E também são predadores de cobras". 

Patrícia fez um apelo: "Por favor, não os matem". Mas, afinal, o que fazer se encontrar um animal como este machucado? Em outra reportagens, a presidente do NBPA detalhou que sempre se deve procurar ajuda e o mais rápido possível. "Isso para evitar que o animal morra", ponderou.

Se, ao encontrar um gambá, verificar que o animal está morto, também é válido se certificar se não há filhotes (gambás são animais marsupiais, ou seja, carregam seus filhotes em uma bolsa) junto da mãe. Também em outra ocasião, Patrícia garantiu que sempre é possível entrar em contato com o Núcleo para orientações. "A gente dá assistência para os bichinhos", sustentou.