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Em busca do tempo perdido (Nilo Rossel Romero)

Munique Monteiro/Especial FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - A pequena Mariana comemorou um ano de idade

Esse é apenas o prelúdio de um texto escrito pelo professor e encentivador da Cultura, Nilo Rossell Romero. O título "Em busca do temo perdido", escrito por ele, é relativo a história do Palacete Pedro Osório, um dos mais belos da Rainda da Fronteira. O prédio fascina e encanta os apaixonados pela arte e e a história.

Primeira parte

     Que a História é "a narração de algo que não aconteceu, contado por quem não estava lá e, ainda por cima, de má fé" é uma destas verdades que, quando li, nunca mais abandonei na vida.

     Por vezes, entretanto, temos o privilégio de encontrar uma testemunha ocular, vivencial, do passado. E é quando o "passado" em "recordação" se transforma. Sendo que nunca se deve esquecer que "re-cordar" não significa outra coisa do que passar de novo pelo coração. É quando, então, o coração junta-se ao cérebro e se põem a trabalhar de maneira filarmônica. Ainda que, bem entendido, as nuvens do passado nunca deixem de "labirintear" a nossa memória

     E foi com todo o seu coração - e o nosso - que, naquela manhã, recebemos, no Palacete Pedrinho Osório, o seu Carlos Alberto Moraes, quem na sua infância vivera naquela casa. Alguém que a conhecera de cor e salteada, "de cuore", "by heart" como diriam os ingleses. Sim, o coração sempre querendo o seu quinhão nisso tudo.

Homem de alta linhagem

     Uma vez ultrapassado o vestíbulo, onde, no inverno, para agasalhar aqueles que da rua vinham, a lareira estava sempre prendida, instalamo-nos na primeira sala à direita. O dito escritório do Dr. Pedrinho.

     Homem de alta linhagem, tendo sido bisneto de um presidente da República do Uruguai, Don Joaquín Suarez, o cognominado "Gran Ciudadano", como , também, de João Antônio Pereira Martins, o maior fazendeiro que jamais existiu no Rio Grande, o Dr. Pedrinho vivera muito tempo na Europa e em Paris formou-se em medicina. E "cum laude", ao que sempre se disse na cidade.

     Aliás, toda a família sempre esteve muito conectada com o lado de lá do oceano, principalmente com a França. Tendo sido um de seus tios mesmo cônsul na capital francesa. Seu e de sua esposa, diga-se de passagem, pois o Doutor Pedrinho e sua esposa Dona Faustina eram primos-irmãos, compartilhando, assim, toda aquela ilustre linhagem.

Continua na próxima edição... 

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