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Queda de abigeato é considerada histórica

Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Tavares assegura que é importante registrar boletim de ocorrência

Um dos problemas crônicos enfrentados pelo homem do campo sempre foi o roubo de gado, conhecido como abigeato. Esse tipo de crime é de longa data na região da Campanha - onde os produtores rurais sempre tiveram prejuízos enormes com o roubo de animais das propriedades - na sua grande maioria bovinos, ovinos e equinos.

O abigeato fez com alguns produtores deixassem de criar ovelhas justamente  pelo grande número de animais que frequentemente eram furtados. Um produtor rural, toda vez que furtavam animal de sua propriedade, ele avisava nas emissoras de rádio que tinha sido alvo dos abigeatários.

A reportagem conversou com lideranças sobre a queda desse crime antes tão frequente nos campos. O delegado regional de Polícia, Luís Eduardo Benites, afirma que nesses últimos cinco anos o abigeato teve uma redução muito grande na região. Segundo ele, é uma queda muito significativa, pois o trabalho de combate ao abigeato começou na Rainha da Fronteira, em 2017, quando o delegado Adriano Linhares coordenou uma força-tarefa com os policiais de Bagé e região, sendo, esta, inclusive, reconhecida pela Assembleia Legislativa.

Benites comenta que, posteriormente, a Secretaria Estadual de Segurança Pública criou a Delegacia de Polícia Especializada na Repressão a Crimes Rurais e Abigeato (Decrab), e a primeira cidade do Rio Grande do Sul onde foi instalada foi Bagé. "Embora ainda com um efetivo reduzido, tem feito um belo trabalho, porque ocorreram várias prisões de grupos e quadrilhas especializadas no roubo de gado e vários animais são recuperados", acentua.

O delegado enfatiza que atualmente a polícia utiliza vários equipamentos eletrônicos - como um drone, que, segundo ele, é de suma importância, principalmente nas investigações em locais de difícil acesso.

"Ainda?temos?muitos bandidos?soltos"

O produtor rural Fanor Alves, que tem propriedade?na localidade da Pedra Grande, no Distrito Palmas, diz que houve uma queda do crime de abigeato. Ele lembra que só na sua propriedade, no ano passado, foram furtadas 17 ovelhas e nos vizinhos também alguns bovinos foram furtados.

Alves conta que após o furto das ovelhas foi até a Decrab e efetuou um boletim de ocorrência, mas até agora o caso dele está parado e tem vizinhos que acabam não registrando o furto de animais porque o trabalho de investigação é muito demorado.

O ex-presidente da Associação e Sindicato Rural de Bagé, o leiloeiro Aluízio Santos da Silva Tavares, que tem propriedade na localidade de Joca Tavares, relata que já foi vítima de abigeato em duas oportunidades, onde ladrões levaram ovinos e bovinos. "Hoje, a Polícia Civil, através da Decrab, faz um belo trabalho, mas é impossível estarem em vários lugares ao mesmo tempo, porque infelizmente ainda temos muito bandidos soltos", fala.

Tavares aconselha que  quando o produtor rural for vítima de abigeato deve ir na delegacia registrar o boletim de ocorrência, pois só assim os policiais vão conseguir mapear as regiões que estão sofrendo com o esse tipo de crime. "Eu acredito muito no trabalho das policias", frisa.  

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