Na tarde de terça-feira, uma cena chamou a atenção no Tribunal do Júri em Dom Pedrito e foi destaque nos portais de notícias, Qwerty e no jornal Folha da Cidade. Durante o julgamento de Ronaldo Franco Macedo, que estava sendo julgado por uma tentativa de homicídio, enquanto o advogado de defesa se manifestava, ele percebeu que uma das juradas estava com os olhos fechados por mais de um minuto, então concluiu que a mulher, que fazia parte do corpo de sentença, estava dormindo. A oficial de Justiça que estava no plenário também disse ter flagrado a jurada pestanejando várias vezes.

O juiz presidente Filipe Lemos Almeida, que presidia os trabalhos, conversou na sala secreta com a mulher. Ela contou ao magistrado que levanta antes da 6h da manhã e estava muito tempo sentada e ouvindo, e por esse motivo estava saindo de si durante os debates.

O juiz falou que quem vai julgar a causa tem que ao menos prestar atenção na argumentação que lhe é submetida e decidiu dissolver a corpo de sentença e marcar uma nova data do julgamento e com novos jurados. 

A reportagem conversou com o advogado criminalista José Francisco Rosa dos Santos, que disse que com ele atuando em júri dessa natureza, esse fato nunca aconteceu, porque ele não deixa com que os jurados tenham sono. "Eu grito, bato na mesa, mas não deixo ninguém dormir", asseverou o criminalista.