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Médico da Santa Casa é alvo da Operação Por Fora

Divulgação PC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Entre os materiais probatórios da investigação estão comprovantes de depósitos bancários, via PIX

A Polícia Civil deflagrou, na manhã dessa quinta-feira, a Operação Por Fora, para apurar crimes contra a administração pública praticados por médicos credenciados no IPE, que exigiam dos segurados valores além dos repassados pela autarquia pelas consultas e procedimentos médicos. A ação, coordenada pela 1ª e 2ª Delegacias de Combate à Corrupção do Departamento Estadual de Investigação Criminal (Deic), cumpriu seis mandados de busca e apreensão nos municípios de Bagé e Cachoeira do Sul. Também foi solicitada a suspensão da atividade profissional de dois médicos.

Entre os materiais probatórios da investigação, estão comprovantes de depósitos bancários, via PIX, diretamente para as contas dos profissionais. Segundo os delegados Augusto Zenon de Moura Rocha e Max Otto Ritter, as investigações duraram três meses e iniciaram após o recebimento de denúncias, por meio do próprio IPE, contra médicos credenciados.

De acordo com a polícia, há relatos de pacientes que tiveram suas cirurgias condicionadas a pagamentos que variavam de R$ 1 mil a R$ 9 mil. Alguns pacientes contraíram empréstimos para terem condições de efetuar o pagamento e terem seus procedimentos médicos realizados. Na maioria dos casos, o pagamento era feito em dinheiro, na própria clínica, ou diretamente para os médicos.

Para justificar as cobranças, os médicos usavam diversos argumentos, como o pagamento de instrumentos operatórios, pagamento de anestesia, aluguel de sala de cirurgia, etc. A prática é vedada aos profissionais, havendo, inclusive, expressa disposição em instrução normativa do IPE nesse sentido, considerando a conduta passível de descredenciamento.

A ação contou com a atuação de 18 agentes e dois delegados e teve apoio da Delegacia de Polícia Regional de Cachoeira do Sul (20ª DPRI) e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Bagé.

Contraponto
A reportagem entrou em contato com a direção da Santa Casa de Caridade de Bagé, que se pronunciou por meio de nota. Confira, na íntegra: “Com relação a cobrança irregular de procedimentos médicos executados por profissional do corpo clinico do hospital, a gestão da Santa Casa de Caridade de Bagé informa que não compactua com esse tipo de irregularidade. A direção da instituição destaca que no momento que foi contatada pela Polícia Civil do Estado se colocou à disposição da mesma, bem como junto ao IPE, prestando as informações solicitadas por estas entidades. Destacamos, ainda, que o fato foi encaminhado à Comissão de Ética do Hospital, que avaliou e emitiu parecer enviado ao Conselho Regional de Medicina -0 CREMERS - para análise e providências.

 
A reportagem tentou contato com o médico que está sendo investigado, mas o celular estava na caixa postal. Também foi feito contato com o advogado do profissional, mas o telefone estava desligado.

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