Mistério
Buscas são suspensas em arroio onde homem desapareceu
Flávio Sanches/Especial FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Pedregulho dificulta o trabalho dos bombeiros
Após 10 dias de procura, as buscas ao homem que está desaparecido em um arroio de Candiota foram suspensas em razão das chuvas. Ailton José Muller, 30 anos, de Pinheiro Machado, sumiu depois que o Celta onde ele trafegava, junto do passageiro, foi levado pela correnteza. O outro homem conseguiu escapar e foi socorrido.
Já se passaram 10 dias e as equipes de resgate não conseguiram localizar Muller. Estão mobilizados bombeiros de Bagé, Uruguaiana e Rosário do Sul. O coordenador da Defesa Civil de Candiota, Flávio Sanches, contou para a reportagem do Folha do Sul que esteve em Bagé para pedir ajuda para o Exército. Ele solicitou que seja enviada uma equipe de militares para auxiliar os bombeiros nas buscas.
Sanches relatou que já foram percorridos mais de 50 quilômetros de extensão do arroio. Segundo ele, só a equipe de bombeiros não é suficiente. O coordenador da Defesa Civil lembrou que, na madrugada do dia 29 de junho, quando aconteceu o acidente, chovia muito e que os dois que estavam no veículo resolveram retornar para Pinheiro Machado por uma estrada que encurta o caminho. "Isso realmente é uma situação muito complicada, porque as nossas condições são precárias. Os bombeiros vêm diariamente e estão realizando buscas na costa do arroio e, eventualmente, entram na água em algum local suspeito, mas nada de efetivo", disse.
Reforço
Para o Folha do Sul, o sargento Marcelo Borba Pinto, da guarnição do Corpo de Bombeiros de Bagé, contou que as buscas estão suspensas momentaneamente devido as condições climáticas. "Mas estamos esperando o tempo firmar para reiniciarmos o nosso trabalho", falou.
Borba contou que, em 12 anos como bombeiro militar, esse é o segundo caso com maior tempo. O outro caso semelhante aconteceu em 2015, quando um homem se afogou no Paço do Cação, no rio Camaquã, onde as buscas duraram uma semana e o homem foi encontrado 40 quilômetros a frente do local do fato.
Mas, nesse caso de Candiota, o local onde estão sendo realizada as buscas é de difícil acesso e há muito pedregulho, afirmou o sargento.
Barco e braços
Borba disse que todos os dias, desde o desaparecimento de Muller, atuam nas buscas quatro bombeiros - dois deles são mergulhadores. Dependendo do local, é usada uma embarcação.
O Comandante do 10º Batalhão do Corpo de Bombeiros da Fronteira Oeste, major Daniel Borges Moreno, relatou que as buscas estão suspensas até aparecerem novas pistas.
Moreno falou que foram feitas buscas por terra e por água e, nesses casos, o trabalho pode levar uma semana. "Não posso afirmar que é o primeiro, mas posso dizer que, até o momento, é o de maior duração", acentuou.
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