O boletim InfoGripe Fiocruz sinaliza para o aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com resultado laboratorial positivo para a covid-19 na população adulta do Amazonas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Segundo o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, ainda não é possível afirmar que esse crescimento esteja relacionado especificamente com as identificações recentes de novas novas subvariantes da ômicron, BQ.1 e XBB, identificadas em alguns pontos do país, inclusive no RS.

Em alguns Estados, o sinal é mais claro nas faixas etárias a partir de 18 anos. A exceção é o Rio Grande do Sul, que apresenta essa tendência apenas nas faixas etárias a partir de 60 anos. Em Bagé, até ontem à tarde, conforme o portal da Secretaria de Saúde do Estado, não havia ninguém internado na UTI ou em leitos clínicos da Santa Casa com confirmação ou suspeita de covid-19.

O secretário de Saúde, Geraldo Gomes, destacou que a situação local é confortável, mas reforçou que algumas medidas podem ser tomadas para evitar o aumento de contaminações, a exemplo do que ocorre no país (o RS é um dos Estados com maior crescimento na taxa de contaminação nos últimos dias). Gomes lembrou que Bagé manteve a obrigatoriedade do uso de máscaras unidades de saúde e o uso é recomendado, sobretudo em locais fechados e quando a pessoa apresentar sintomas gripais.

Gomes lembrou que o final de ano se aproxima e com ele as festas e confraternizações e que esses cuidados devem ser redobrados. A principal orientação é para o cuidado com idosos e pessoas com comorbidades. E ressalvou que a dica é sempre cuidar do amigo. Ou seja, se apresentar sintomas gripais, evitar ficar no mesmo ambiente que outra pessoa. O pedido de prevenção é para começar 2023 com a situação controlada. 

No último boletim epidemiológico divulgado pelo município - isso no dia 7 de novembro (até o fechamento da edição não houve atualização) -, Bagé contabilizava 142 pessoas em isolamento domiciliar com confirmação para a doença. Recentemente, o secretário - adjunto de Saúde, o médico Ricardo Necchi, reforçou a importância de completar o esquema vacinal diante de novas variantes.

Os reforços - terceira e quarta doses - podem ser determinantes para que a pessoa contaminada se recupere bem. Necchi pontuou que essa nova variante é resultado da redução das medidas preventivas e também da queda na busca pela vacinação. Porém, mencionou que, ao que parece, essa variante, diante da cobertura vacinal, não se mostra tão mortal como no início da pandemia. A fala ocorre após a confirmação da "chegada" da variante BQ.1 no Estado.

Necchi enfatizou que a covid-19 se tornou mais uma doença da qual é necessário se proteger e que, já há algum tempo, não há pessoas internadas na UTI da Santa Casa em decorrência dela. Ele lembrou que os últimos casos foram de pessoas bastante idosas e com outras enfermidades, condições em que a covid-19 foi pouco determinante para os óbitos. Vale mencionar que, de acordo com os boletins, Bagé contabiliza 359 mortes decorrentes de complicações da covid-19. Todas as últimas mortes divulgadas foram de idosos com comorbidades. 

Por outro lado, o Piratini divulgou que o público que menos se vacinou no Estado, é o da faixa de 18 a 40 anos. "O Estado do Rio Grande do Sul, que foi exemplo para saúde no país, acima de 90% de pessoas vacinadas com a primeira e a segunda doses, precisa se mobilizar para que a população volte às unidades de saúde", afirmou a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann.