Uma das festas mais queridas pelos bageenses, o Carnaval da SAC, no Cassino, em Rio Grande, foi cancelado. Em uma nota, a Nyx e a La Gitana, que são as empresas organizadoras dos bailes nos últimos sete anos na Sociedade Amigos do Cassino, destacaram que a decisão foi em conjunto com a diretoria do clube. A justificativa para cancelar a programação deste ano, é claro, é a pandemia de coronavírus. "Não foi uma decisão fácil, mas necessária, pois precisamos pensar no coletivo", esclareceu a nota.

As empresas, ainda por meio da nota, justificaram que, além disso, seria preciso respeitar as restrições impostas pelos decretos quanto a obrigatoriedade do uso de máscaras durante a realização dos eventos. "Seria humanamente impossível a fiscalização pelos organizadores", argumentaram as empresas, ao lembrarem que os bailes sempre têm um grande público. E também é preciso considerar o amplo espaço do clube. O empresário Fabiano Marimon, à reportagem do Folha do Sul, lembrou que o Carnaval da SAC é o maior baile da região Sul do Estado: são cerca de 15 mil pessoas em quatro noites.

Ao ser questionado se a organização pretende realizar alguma programação fora de época, Marimon garantiu que a ideia é que o evento ocorra em 2023. Ou seja, a parceria com os blocos "37 e meio não é febre", de Rio Grande, e "Os fora da casinha", de Bagé, deve ser mantida. "São dois anos sem fazer (em decorrência do coronavírus), mas o Carnaval da SAC, realizado pela Nyx e pela La Gitana, tinha sete anos consecutivos de sucesso. A ideia é manter o projeto para 2023", enfatizou.

Por fim, o empresário reiterou que, só da região, o Cassino recebe de 30 a 40 mil pessoas no Carnaval. "Queremos informar a todos os bageenses e a região, que, este ano, em função da covid-19, a gente achou melhor não fazer (os bailes) em respeito a todas as pessoas e também pela viabilidade de operar o evento com os protocolos vigentes, como a exigência de todo mundo usar máscaras. Isso inviabiliza o evento", disse, tal qual a nota explica.

Aliás, na nota, a organização ainda se solidariza com todas as pessoas que perderam seus familiares e amigos para a covid-19. "Quando tudo isso passar, estejam certos de que faremos os melhores bailes de Carnaval já vistos", garantiu a divulgação. Vale mencionar que, em Bagé, apenas um clube manteve a programação de Carnaval. Outros tradicionais clubes também optaram por cancelar as atividades em decorrência do coronavírus, sobretudo diante da variante Ômicron. Em Rio Grande, o cancelamento da folia de rua, que mobiliza 32 blocos e um público de 80 mil pessoas por dia, no Cassino, mais especificamente na avenida Rio Grande, já havia sido anunciada em janeiro.