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Rússia e Ucrânia

Economista explica como conflito afetará a economia brasileira

Reprodução/FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Ucrânia amanheceu sob bombardeio nessa quinta-feira

Os conflitos entre Rússia e Ucrânia afetam todo o mundo. Todos estão atentos. Após dois anos de pandemia, uma guerra desestabiliza ainda mais a economia. De acordo com o economista Eduardo Palmeira, esta guerra afeta diretamente o mercado do petróleo.

"E aí, ainda havendo sanções que estão impostas já pelos Estados Unidos da América e pela própria União Europeia, isso vai abalar diretamente, vai causar uma instabilidade de preços no mercado de petróleo, impactando", elucidou. De forma bastante didática, o economista elucidou que há um impacto direto na economia brasileira. "Não só o petróleo, o combustível em geral, mas o gás de cozinha vai ser afetado", pontuou.

Palmeira comentou que algumas bolsas de valores haviam fechado ontem mesmo. "Não trabalharam no sentido de medo e a fuga dos investimentos, para investimentos mais seguros. Todo mundo preocupado", elucidou. Ele mencionou que é um momento em que todos abordam o fato de que, em pleno século 21, acreditavam que não deveria haver nenhum tipo de guerra. Porém , o economista ainda enfatizou que é preciso observar mais um aspecto. "Nós estávamos vivendo uma polaridade Estados Unidos/China, sempre os grandes atores, nos últimos anos, e a Rússia tem interesses naquela região. E, claro, isso acaba tirando essa hegemonia", ressalvou.

Em linhas gerais, ele esclareceu, sobre isso: "Alguns economistas dizem Estados Unidos/China, outros dizem Estados Unidos/Europa, essa centralidade. E, agora, nós estamos aí a beira de uma economia mundial multifacetada, não polarizada, de dois polos somente". Contudo, é necessária máxima atenção, segundo ele, já que haverá consequências a curto prazo. "As consequências vão ser óbvias e não vai ter nada que a gente possa fazer. Possivelmente, nós tenhamos aí mais inflação, mais elevação na taxa de juros e, com isso, talvez refreie o crescimento", sustentou.

Em síntese, ele apontou como consequência uma queda no crescimento, e isso afeta o PIB. "Tudo isso posto, para o brasileiro, não é bom, e o Brasil ele já teve uma elevação agora nos últimos tempos da taxa Selic. Então, se nós tivermos mais inflação, taxas de juros mais altos, vai dificultar a nossa vida", concluiu.

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