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Entrevista

Guerra na Ucrânia completa um ano sem perspectiva de solução

Arquivo/FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Casal que está em Bagé viveu 11 anos na Ucrânia

Neste dia 24 de fevereiro completa exatamente um ano que Rússia e Ucrânia vivem um conflito armado. Ainda sem uma solução próxima, a guerra deixa apreensivos quem já morou no país europeu ou tem familiares por lá. Para marcar a data, a reportagem do jornal Folha do Sul conversou novamente com a missionária que viveu por 11 anos na Ucrânia. 

Para grande parte do mundo ocidental a guerra entre os dois países começou oficialmente no dia 24 de fevereiro de 2022. Nesse dia, após meses de ameaças, o presidente russo Vladimir Putin ordenou a invasão da Ucrânia. Entretanto, para os ucranianos, a invasão começou no início de 2014, quando a Federação russa anexou a península da Criméia. De lá para cá o clima sempre foi de tensão entre os dois países. 

Longe disso está o casal Joel Costa e Susana Stepaniuk, que acompanha o conflito em Bagé. A dupla de missionários da Igreja Batista Brasileira viveu durante 11 na Ucrânia. Isso durante as décadas de 1980 e 1990. 

Com fortes raízes no país europeu, o casal mantém apenas a distância física da nação, já que ainda possuem amigos e familiares por lá. 

  

Sempre atentos 

Susana contou que ela e o marido acompanham diariamente as notícias sobre a guerra, assim como tentam se comunicar com os familiares que estão no país. Por lá ela mantém contato com alguns primos em terceiro grau pelo lado materno. 

Conforme a missionária, os familiares vivem em uma região que faz fronteira com a Polônia, distante cerca de 400 quilômetros da capital Kiev. O local, até o momento, não foi alvo de ataques russos, o que ainda garante uma certa tranquilidade. “Na região onde eles estão ainda está um pouco mais calmo. A guerra ainda não chegou”, informou. 

  

Apreensão 

Mesmo assim, a apreensão ronda o território. Ainda que estejam distantes do epicentro da guerra, existe o temor de que os homens da família sejam convocados para combater as forças russas. A prática é amplamente utilizada no país, que resiste contra uma nação dona de um dos maiores acervos bélicos do mundo. “Eles estão bem (sobre os familiares). Apreensivos, isso sim, já que a qualquer momento podem chamar os homens da família”, explicou Susana. 

A missionária também disse que as mulheres daquela região que haviam sido enviadas para a Polônia, por segurança, já retornaram para as suas casas, já que ali não é considerado um lugar perigoso. 

  

Esperança 

Ainda que não haja uma solução próxima para o conflito, o povo ucraniano não perde as forças e as esperanças em dias melhores. Susana contou que o povo continua acreditando na vitória, mesmo com os avanços das tropas russas sobre a capital – atualmente, o exército russo está distante cerca de 15 quilômetros de Kiev. 

Ela também comentou que o país tem recebido muita ajuda, sobretudo de outras nações europeias e dos Estados Unidos. E o povo permanece resistente, se recusando a entregar o país que tanto lutou para ser independente “Muita gente deixou a capital. Mas ficaram os homens que estão dispostos a dar a sua vida para defender o país”, ressaltou. 


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